terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Encontro na calçada empoeirada


Andando pelo centro da cidade esses dias encontrei uma grande amiga, fazia tempos que não recebia noticias suas.
Perguntei-lhe como estava, sabe aquele “como estais?” verdadeiro mesmo? Do fundo da alma? Quando se trata de um amigo você percebe logo a necessidade dele em conversar e principalmente em ouvi exatamente esse “como estais?”

- Ainda penso nele...
- Estamos no mesmo barco ainda pelo que vejo não é? Tudo incompleto..
Uma gargalhada forçada seguida de uma negação.
- Eu não quero isso pra mim novamente.
- E quem tem o que querer aqui nessa vida? (confesso que lhe falei isso desejando que tivéssemos querer.)
- Porque isso voltou? Eu tava tão bem, tão feliz... Ai do nada me vem esse vazio sabe.
- Isso se trata de relacionamento inacabado.
- Mas já disse, eu não quero esse “relacionamento”, já não anda mais! Quero coisas novas, pessoas novas.
- Outra vez te falo: quem tem querer aqui nessa vida?
- Ninguém.
- Isso que todo mundo sente e não entende simplesmente volta do nada e pronto, “BUM!”
- Esse “BUM” é que acaba com a  gente...
- Esse “BUM” é a gente se acabando.

Despedimos-nos e continuei andando e pensando “quantas vezes somos capazes de aguentar esse “BUM”?”

Marcelo C.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Retratação


Meio que não sei como explicar o fim repentino das coisas mas não me forço a isso e bem menos a entender.
O fim de um sentimento por exemplo é difícil entender e bem mais difícil lidar.
Quando você é ligado em sentir se torna quase um pesadelo, de começar a acreditar ate aceitar existe muito chão.
Nem todo mundo sabe que entre o chão e as estrelas existe o mar.
Acabam que se afogam quando não sabem falar.
Só chorar.

Marcelo C.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Carta á saudade.

Andei com saudades de uns amigos, como a falta no dia-a-dia dói.
Pela madrugada comecei a olhar um álbum de fotos nossas, e cada cena, cada pose, pude reviver tudo de novo, fechei os olhos.
Chorei.
Não choro de tristeza sabe? Choro de saudade do tempo junto, saudade das conversas, ir ao parque sem nada pra fazer, ir ao teatro não pelo filme que tava sendo exibido e sim pra não voltar pra casa e ter que esperar uma eternidade pra chegar o outro dia.
Lembro-me com saudade.
A irmandade criada, por mim nunca quebrada! Respondo por vocês (?)
Escrevo pra atingir, fazer lembrar, arrancar um sorriso.
Hoje em dia convivemos pouco, a internet ainda nos une. Crescemos!
Trabalho, faculdade, cada um com sua ocupação.
Namoros, romances, casos, compartilhados ou não.
Somos (ainda) três em um.
Começando por mim, talvez o mais sentimentalista até hoje. (o irmão quase mais velho se não fosse por um dia).
Depois vem a pessoa mais viajada que poderá existir, falando nada com nada ela consegue dizer tudo. (me passando a rasteira por um dia e sendo a irmã mais velha).
E a caçula que por incrível que pareça sempre foi a mais pé no chão dos três (ou como gosto de chamar a “destruidora de sonhos”), sempre controlando o guidom.
Olhando assim não mudamos em nada, ou mudamos em tudo?
Padrinho dos filhos de uma, tio dos cachorros da outra, assim decretado pra sempre nas escritas.

Preciso ver (somente) vocês, favor entrar em contato.

Marcelo C.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

SOU


Sou meu quarto escuro.
Sou a direção desse texto, sou o desorientar do inicio.
Sou a lágrima sintética do rosto de alguém, sou a inconstância, a leveza e o peso na consciência.
Sou o nó que não desata.
Sou nós.
Sou a felicidade de alguém num fim de relacionamento, mas já fui à tristeza antiga.
Sou o jardim que o cartola canta, sou bem além de mim mesmo.
Sou vontade da escrita e logo sou a desistência fraca.
Sou a falta de inspiração de muitos, ou simplesmente sou ouvido e voz.
Sou o de agora, o de antes já fui.
Sou nós.
Sou nó!
Sou coisas boas e alegres também, escondidas.
Sou o fim de noite, aquele fim de noite.
Sou a não-explicação desse fim de noite, imagine.
Sou e continuarei sendo, independente.
Sou a vontade de com uma palavra soltar essa tua lágrima presa, por isso sou escrita.
Sou meu quarto escuro.
Sou inacessível.
Sou substantivos poucos, e sou o clichê do amor.
Sou muito clichê do amor, mas sou a impaciência e o impulso.
Sou a impulsão, o NÃO, a não-rima.
Sou a cópia chula do meu ídolo, sou a estranheza de milhares.
Sou meu quarto escuro, e às vezes sou a fresta de sol na janela.

Marcelo C.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Definitivamente


Isso tudo é tu que cria o dramalhão porque as evidências mostram que tu não gostas, mas acha que sempre tem algo errado nisso, talvez por imaginar que fosse eterno e que fosse feito de sofrer.
Mas sabes que sofres por causa encerrada, sofres por uma fisgada que não vale a pena, só pensas que sofres, porque fica maquinando na cabeça fantasmas que não deixa ir embora por preguiça ou egoísmo de aceitar que fizeste tanta tempestade em vão, teus vendavais foram pra quem?
Ninguém se alagou nas tuas lágrimas, o que adiantou dizer que é pecado desprezar alguém?
Chega dessa história de quem ama foi feito pra sofrer! Quem ama foi feito pra viver! Definitivamente num mundo paralelo que quando aparece uma chance de escapar agarras e aproveita os 15 minutos liberto, mas ainda digo: quem ama não foi feito pra sofrer.

Marcelo C.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Aquele cara a beira.


Olhem vocês, tão vendo aquele cara sentando a beira? Ele é um desistente, olhem ao redor, três pessoas felizes, um pensante, o velho e o moço.
Mas vocês não enxergam aquele cara ali? Eu sou o único ou engano-me?
Você procura mesmo a melhora? Que ele um dia será esse grupo de três felizes?
Nunca mais totalmente drês, nunca mais por completo num corpo, num lugar.
Fuma o velho cigarro, masca um trident de morango na esperança de tirar o amargo vivido, vocês realmente não tão vendo?
Raridade hoje em dia é sair algo bom. Tragável.
Eu saindo do corpo pra me ver, posso ver o "eu" passado, eu voltando ao corpo vejo o futuro "eu", nada demais, nada de formal, somente deitado na velha cama, ouvindo a velha música, falando sobre o próximo futuro.

Marcelo C.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Mas não posso.


Eu queria sair daqui, mas eu não posso.
Queria dar um fim nessa tristeza, mas não posso.
Queria poder falar o que sinto e ninguém se senti magoado ou culpado por isso, mas não posso.
Queria culpar alguém por tudo isso, mas não posso.
Queria poder chorar descontroladamente hoje, mas não posso.
Queria ser como antes, mas não posso.
Queria simplesmente tirar o peso das costas e jogar em qualquer um que não entenda, mas não posso.
Queria ser novo, mas não posso.
Queria aquela tatuagem da vitrine, mas não posso.
Queria da um fim nisso, mas não posso.
Queria escalar uma montanha, ser rico, não me preocupar com a fatura do cartão de crédito, mas não posso.
Sabe o que posso? Sentir.
Queria dizer ao Chico Buarque que suas músicas me matam lentamente, mas não posso.
Queria transparecer sentimentos, mas não posso.
Posso sofrer.
Queria somente, uma noite sequer que não me engasgasse com algo que não sei o que é, mas não posso.
Queria jogar culpa no amor, mas não posso.
Tocar fogo quem sabe...
Queria escrever constantemente sobre a mágoa, mas não posso.
Sabe o que posso? Não poder saber de nada.

Marcelo C.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Invasão

É engraçado como o sol invadiu a sala, o quarto, como chegou e tomou conta do escuro.
Passando pelas folhas da árvore (acho que jasmim), dizem que faz magia dela. Cada vez que a porta era aberta cegamos momentaneamente, daí vem o sentido de imaginar.
O momento da imaginação é construtivo, esse ato de mediocridade do ser humano: viver iludido. Não que seja o mesmo de imaginar.
Queria mesmo era ta lá fora na grama, que dizem ter um lago somente seu.
Se as pessoas universalmente buscam o mesmo, porque não imaginar o mesmo? Já dizia o velho John: imagine all the people living for today.
Aqui eu to falando a realidade.

Marcelo C.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Paradoxo.


Resolvi falar sobre desaprender.

[...]

Três dias passados e de volta ao paradoxal ato da escrita desaprendida.
Vi que desaprendi que a chuva chega e parti sem espera.
Molha e pronto. Some!
Você nunca espera que a caneta acabe e no melhor momento ela falha, fica clara, fraca e acaba.
Está acabada a tinta da caneta. Texto inacabado.
Você está só, novamente só. Somente a velha cara.
A tinta foi embora, a caneta ficou, mas ela agora é falha e seca.
O que adianta caneta sem tinta? Coração sem amor?
Você está novamente só.
Pó.
Mudando de assunto, foi bom quando a chuva chegou repentinamente?
Foi ruim quando a tinta se foi e deixou somente a carcaça, velha e bêbada.

Marcelo C.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O lugar onde é proibido magoar alguém, mas é aceito magoar à si próprio.


O dia em que você resolver ser feliz com suas ideias e suas vontades, ser feliz com aquilo que gosta todos os que te cercam te darão as costas.
Julgamentos cegos. E você se perguntará por que o direito à felicidade não lhe pertence?
Doar felicidade é bom, mas ser feliz é maravilhoso!
Corre para o que tu queres, não cai nessa de ser julgado, se não ta feliz feito, desfaz e faz outro.
Antiga arte milenar de ser feliz.
Recomeçar não é errado, é luz. Errado é ser infeliz.
O infeliz arde feito fogo de isqueiro no dedo, a felicidade chega como água gelada.
Recomeço.
Ninguém entenderá tuas vontades, ninguém a respeitará.
Julgamentos cegos.
A felicidade é tomada pelo impulso. Momentânea, mas é espontânea.
Você não entende o porquê lhe obrigam a fazer alguém feliz sem ao menos saber se tu estás feliz com tudo. Tristeza para com o mundo.
Vive-se na democracia, porque não pensar democraticamente?
Ser livre. Seja livre, por favor!
Ouse, mude, ser feliz é importante. Infelicidade abundante mata.

Marcelo C.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Resultado de uma noite mal dormida a sua espera.


Você não deveria ter sumido, não me deu uma noticia, sabe a quantidade de amigos inúteis que temos?
Sabe que isso quase me vale uma gastrite né? Nervosismo...
Atos inconsequentes que até segunda ordem não tem explicação ou motivo pra acontecerem, desculpe, desculpe-se.
Por exatamente 6 horas você largou o que tinha em mãos.
Foi sem querer, já posso prever.
Ta ai a consequência de um ato falho, um ato sem graça, uma insônia.
Ta ai?
Eu estive...
Fiquei só.
Sabe do distúrbio de culpa que me afeta, aguças ele.
Gostas? Gostas de me ver psicótico? Gostas de me ver descontrolado?
Não sabia que te causaria isso. Prevejo.
Não me ofereça “Devolva-me” da Adriana Calcanhoto numa dessas manhãs na rádio local.
Explique-se!

Marcelo C.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Escuta


Senta e escuta, cara relacionamento não é brincadeira, não é bola que joga pra lá e pra cá e sempre volta pra sua mão.
Senta e escuta, nessas andanças tu ainda acaba só, e sem sustentação, depois não me diz que por ser ela a mulher da tua vida podes escantear sempre que espinhos aparecerem, não pensas que por ser tu o homem da vida dela ela voltará carregada por tuas lágrimas alcoolizadas.
Senta e escuta, relacionamento é briga, é choro, é talvez mais problemas do que pontos de paz, mas também é maturidade.
Tu não achas que maturidade é uma palavra muito pesada pra ser levada com descaso?
Relacionamento também, então senta e me escuta, aprende a dar valor não só à bossa nova mas também a velha, que ao teu lado aguenta forte os trancos, aprende a não jogar fora tua companheira de cerveja ao domingo a noite.
Aprende também que ouvir talvez seja mais difícil do que falar.
Senta e me escuta, tem muito que se dizer sobre relacionamento.

Marcelo C.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Carta à minha pequena


Mô, em ano de muitos planos pra nós, venho iniciar nosso eternizar no velho clichê: rimando amor com dor.
Faço-te aquela cartinha de escola que sempre arranca bons sorrisos de quem a recebe, tento por nome difícil em sentimentos simples, sai mais bonito.
Do amor, do carinho, do acalanto. Da malemolência de como tiras os problemas da nossa vida, vida também que é única, um único ser, eu e você.
Uma cartinha bestinha, um beijinho gelado, diminutivos que representam a vida dos apaixonados. Ao dia beijinhos, à noite amor quente, temperatura quente. Um sexo único.
Assim um amor estranho e lindo ao mesmo tempo, passa pelas provas do dia-a-dia de um casal, que nem sempre deixam as brigas atrapalharem.
Sabendo conviver lindamente com a velha rima do amor e dor.

Marcelo C.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pontes e overdrives



Deixei as chaves na portaria, sai pelos fundos. Não deixe o café pronto, e não precisa me esperar porque não volto. O pão mofou.
O que aconteceu que o amor acabou? quando o leite derramou?
Se for do interesse, sai as 03h20min da madrugada.
Andei pelo centro com a companhia das luzes. Parei na ponte que divide a cidade por volta de 15 minutos pra avaliar o balanço do mar, não consegui pensar em conjunto. A ponte é instável. Como nossa cidade é linda, fomos assim um dia. Meu cigarro acabou, por isso do estresse.
A verdade é que decidi não só sair da nossa casa que agora é sua, como também da sua vida, não sabemos quando isso aconteceu e quando terminou, não sabemos. Eu vou andando por um motivo maior que eu ainda não sei qual é. Vivemos num trabalho automatizado, que não poderia existir. Aquela mancha de café que você deixou em mim, você manchou nos dois, desbotou nossa cor.
Egoísmo das partes, individualismo cultivado há tempos. Peça pregada pelo destino.
Essas pontes que me remete ao abismo.
Indeciso.
E ao acordar não precisa me procurar. Não preciso.

Marcelo C.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sorriso de moça


Teu sorriso que rompe a barreira do infinito.
Sorriso que encanta, conquista e mantém,
Sorriso delicado que a cidade não há de ver.
Eu vou à onda sonora do teu semblante.
Som de serenidade,
Encanto de moça.
Mas eu te conto que a cidade luminosa não há de ver,
Sorriso tão suave,
Prisão voluntária,
Sorriso da cidade invejar,
E tentar te roubar,
Ofuscantes sorrisos de luzes.
Sonoras em plena harmonia
Noite, dia.

Marcelo C.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A foto mais bonita que eu fiz...


Mas você não olhou pra mim.
Papel machê gasto em árvores secas, o xerife da cidade disse para eu ir ao doutor, disse que só falo asneira.
Do alto do meu prédio eu vi você de longe, e some, some...
Pura crendice não há de ser. Doutor passa chá verde pra acalmar, descansar.
Eu ando mesmo a te chamar!
Do alto do meu sétimo andar a música favorita a tocar e eu a fotografar paisagens, pessoas.
Chamam-me de lunático sem saber decifrar.
Eu não nego, lunático sou, mas, também sou engraçado, afeiçoado, de bom grado, só não de papo.
Parece que foi ontem que te vi, e se na esquina se repetir de te encontrar? Não fugirás? Descansarás?

Marcelo C.

quinta-feira, 19 de julho de 2012


Quando você passa a não amar as coisas, as pessoas, a não ser sentimental, passar a ser funcional. Meio banal.
Nada deixa de fazer sentido e nem você se torna cruel e desumano.
Esse papo de “nada me encanta” não existe, essa exibição do “não sentimento” é mera forma de sentir. Tudo importa, tudo machuca e ninguém entende.
Quando você passa a não amar o mundo você passa a inteligência para trás e o que separa a humanização da desumanização se apaga, porque a linha tênue entre elas é imperceptível.
O que é ter sentimentos e o que é não ter sentimentos?
O que é desumano e que é humano?

Marcelo C.

terça-feira, 26 de junho de 2012


Meu signo no horoscopo do jornal é de terra, birrento, teimoso, barato. Esse que eu sou, esse que fui eu.
Meus calos me apertam, tento correr sozinho pela terra, de pés descalços, individualista. Tá escuro, sozinho não dá, faz frio, sozinho não dá, torno a repetir. Companhia? Cigarro!
O bonito é que a fumaça se mistura com o frio, isso me motiva a escrita, nem tão bonita.
Crio adjetivos.
Sozinho novamente, bancos, gramado bem regado, chuva. Não estou sozinho.
Sabe que só tenho medo de morrer nesses momentos calmos, onde me encontro.
Outro dia tomei remédios e bebi, não fez nada. Talvez morte seja só uma ilusão. Foi mal.
Coração acelera perseguido por ninguém, arritmia. Morri.
Retornei na fumaça, sou lento.
Sabe que tenho um lance com fumaças, vejo-as dançar, bailar e depois somem, mas não deixam de ser fumaças, comparo com pessoas.
Meus calos doem na mania exacerbada de viver. Escuro.
Você me entende? Você pode me entender? Sei que não. Então  não finja.
Sem compensação social. Adeus, vodcas, cigarros e drogas estão na sala de estar, restando-me ser um bom anfitrião.

Marcelo C.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Introspecção criativa

Solidão
Solenidade
Sol
Sobriedade
Silêncio
Sossego
Satisfação
Sai feito fumaça.

Marcelo C.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A vivência de Lisa


Lisa tinha uma boneca, amava, penteava e dava banho.
Lisa cuidava da boneca com amor prioritário, exagerado.
Era só uma boneca Lisa, não tem pra quê tanto bom grado.
Boneca bem cuidada, boneca mal grata. Ingrata.
Criou vontade própria e foi embora na caixa de brinquedos velhos, mas a boneca era nova só queria fugir de Lisa.
E foi...
Lisa sem a boneca ficou, ingrata boneca se achou liberta.
Mas à Lisa não libertou. Chorou.
A boneca longe de Lisa ficou feliz nunca mais voltou.
Lisa cresceu.
O amor pela boneca se escondeu.
Reencontrou depois de anos, bela a boneca.
Sua nova vida era boa, sua nova dona a cuidou muito bem.
Mas não era Lisa.
A boneca sentiu falta dos cuidados de Lisa, arrependimento pintou e passou.
Uma aproximação casual com a dona, a boneca e Lisa.
Emocionou a boneca e lisa suspirou.
Não era a mesma boneca, os sentimentos não existiam mais.
Acabou.
Lisa sorriu. Sentiu que acabou no momento que a reencontrou.
Acabou.
Lisa sentiu.
E com um adeus boneca. Adeus Lisa.
O vinculo se findou.

Marcelo C.

domingo, 17 de junho de 2012

Procura-se a memória esquecida


Meu cão fugiu de mim, eu que sou sua casa, despedaçada ela chorou. A casa esvaziou ele não pensa como antes, envelheceu, pobre do meu cão, se mudou pro fim da rua e eu daqui ouço seus latidos, não como antes, ele só pensa em latir pro outro e o outro pensa que a vida não é boa. Tudo mudou e a ciência não explica, perguntarei ao meu velho cão, responde a deus. Adeus.
Já tá valendo, eu vi que ele passou na TV: “procura-se meu cão desmemoriado”.

O cachorro no meio da geladeira vira uma ciência congelada. Ele, preto e vermelho, quer que  eu ouça seu latido.
Os amores perdidos que não vão voltar, as nuvens que nos separam nunca irão se dissolver. Você tem que voltar para eu não te esquecer.

E com uma placa de gelo pelas ruas, vem pra mim meu amigo o destino não é o fim, sai dessa geladeira que meu latido ai é maior que o teu, sobe a rua, você não sabe como avança essa ciência.
Você tem que voltar para eu não te esquecer.

Marcelo C.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Livre


Quais são os motivos, preferências, referências de uma pessoa escrever?
Eu diria que são a vontade e o acaso, não que eu acredite em acaso, só acho.
Hoje perdi uma prova importante, acordei com vontade de escrever algo mas não sei de nada belo no momento.
Descrevo o dia.
Perdi a manhã, alguém perdeu algo importante pra si hoje, outros nem tiveram.
Tente enxergar além das palavras.
Uma mãe ama seu filho por ser seu filho ou porque ama as pessoas?
Pausa, essa vida é feita de questionamentos. Duas vidas de respostas. Três de entendimento.
Tédio.
Solta a vida, acelera, para, nasce e morre. Volta.
Padrão universal do amor, não amo uma pessoa porque ela me pertence, se não a tenho também a amo.
Amo o vento, ele é solto.
Não basta falar coisas sem sentido algum, tem que ter sentido, buscar o coletivismo das palavras.
A falta é grande.
Mais uma vez padronização do amor, você não ama a pátria, é uma obrigação servi-la.
Seja livre.
Ninguém ama por obrigação, se eu caio com a força do vento e encharco com a chuva, você ficou a mercê de me entender.

Marcelo C.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Em tempos de outrora era eu...


Em tempos de outrora era eu um daqueles.
Somente um daqueles.
Daqueles que achavam o mundo lindo e bom.
Daqueles que respondiam enquetes sobre “o que você quer que mude na sua cidade?”.
Imagina só, eu mudar a cidade assinando num folheto.
Imagina só, eu mudando o mundo escrevendo sobre amor.
Imagina só...
Em tempos de outrora era eu um daqueles mal falados da rua.
Daqueles que rabisca, rabisca e sai coisas sem sentidos.
Daqueles que pensava que a lua era feita de queijo.
Um utópico!
Imagina só, o São Jorge que mora dentro da lua descendo aqui pra salvar a todos nós.
Imagina só, eu salvar o amor com minhas palavras e as de mais uns amigos pingados.
Em tempos de outrora eu era daqueles que imaginavam que só!

Marcelo C.

sábado, 9 de junho de 2012

Fuga da saudade



A saudade que bate é saudade cruel,
Dos que não vejo, dos que não verei.
Dos que não vi.
Não vi porque não quis,
Escolhi me fingir,
E nessa de fingir, lembrei-me de ti.
De quem procurei fugir.
Saudade.

Marcelo C.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O dia em que faltou sol ( à mim)



Hoje acordei com disposição boa, e depois dei um tempo, pensei em escrever uma poesia simples, deixei pra depois.
Abri a janela do meu quarto na intenção de cegar momentaneamente com a forte intensidade da luz do sol, mas o sol não entrou, parece que hoje faltou. Eu não ceguei por um momento. Eu pensei de olhos fechados porque nessa manhã o sol não quis iluminar meu quarto? Porque mesmo fazendo tudo certo o sol não quis entrar no meu quarto?
Ocorreu-me de concluir que eu no ato de fechar os olhos e só esperar a luz do sol generalizei o mesmo.
O sol e sua luz não agem da mesma forma, eles têm vontade própria em cada moradia.
Não é em todo quarto bagunçado que a luz do sol se sente a vontade para entrar e iluminar.
Com os olhos abertos, parado pra janela acendi um cigarro, consumi em 2 minutos.
Pensando inquieto.
Pensando livremente.
Meu cigarro acabou. Minha razão chegou. A luz não entrou. Não por ter feito meros movimentos errados ou falta de entusiasmo, a luz do sol não entrou porque eu só abri a janela e esqueci as cortinas. Um depende do outro. Sem um o outro morre.
Não pensei em fazer os movimentos por completo, falhei, não houve entrega suficiente num simples ato, não adiantou abrir só a janela, a cortina impediu que entrasse qualquer raio de luz do sol no meu quarto.
E eu só precisei de um cigarro até entender: o problema era a cortina.

Marcelo C.

quinta-feira, 31 de maio de 2012


Preciso parar de viver utopicamente. De sentir. Correr. Ser.
Coletivismo utópico, promessas inacabadas, planos furados, sentimentos em greve.
Não precisa me olhar.
Não precisa me olhar de lado como quem não quer nada.
Explicações, cuidados forjados.
Amanhã faço isso e aquilo, pego meu livro e vivo. E morro.
Preciso parar de viver perigosamente calmo.
Preciso sentir as pessoas, o pouco do bom que elas têm pra oferecer, que elas são obrigadas a me oferecer. Mas eu não quero.
Enforno-me no quarto é mais cabível, não só à mim.
Não é egoísmo, nem ser antissocial, nem ser antipático. É minha vida.
Nem triste, nem feliz, ótima vida.
Preciso da minha eudaimonia.

Marcelo C.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Eu fico te olhando assim de perto, mas com os olhos apertados que parecem que eu tô tão longe, e eu acabo indo pra longe, mas tão longe que às vezes demoro pra voltar. Encanto-me.
Observo como tu tocas o rosto com as pontas do dedo, como morde o lábio fingindo não querer me beijar. Encanto-me.
És de fazer melodia com a vida, não vê beleza em tu, mas eu vejo todas possíveis.
Vejo quando fecho os olhos e vou pra longe, na verdade quando vou pra longe eu vejo muito, vejo demais, onde ninguém vê.
Olhar-te a cores ou via teto do quarto é besteira.
Olhar-te sorrindo ou encarando-me é riqueza.
Só te olhar é o que me vale de uma vida inteira.

Marcelo C.

domingo, 27 de maio de 2012

3 ventos



Senti um vento forte passar por mim, ele destruiu o que via pela frente, causou desastre.
Cada virada fria que dava me doía.
Fez frio de não levantar da cama e nem tirar o pijama.
Fez frio de lençol no rosto o dia todo.
Tipo tornado.

Depois foi ficando mais calmo, só me tirando o sono e a fome, a disposição fraquinha, voz de quase morto.
Balançou pra lá e pra cá, me jogou no mato, do tipo abandonado.
Vento dilacerado.

E agora essa brisa que chegou pra ficar, estava ela grande a cantar.
Besteira qualquer, essa brisa não me faz chorar, agora a preguiça de levantar é boa, brisa que me leva só, sem ninguém atrapalhar.
Só sorrisos, não contidos.
Brisa boa no ouvido.

Marcelo C.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Exílio


Meus dias de sofrimento passaram, juntamente com teu rosto.
Trancafiar-me em um mundo meu me fez ver o mundo com outros olhos,
Coisa de novos horizontes.
Exílio.
Não volte mais, já não tem alguém triste te esperando na casa, já não a sequer alguém, quanto mais relógios e tintas no balde velho.
Preciso de um corte de cabelo novo, um creme de barbear e uma jaqueta.
Não preciso de você, não preciso nem sequer lembrar que dias existem, meses, anos, provas e compras do mês.
Mudei meu endereço, meu coração hoje mora em outro lar.
Lar com vista boa de olhar.

Marcelo C.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia frio



Frio bom,
Cama confortavelmente boa,
Travesseiro gelado.
A saudade do amor,
Distância atrapalha,
E a vontade de tá junto não para.
Chocolate, talvez quente,
Corpo quente com você por aqui.
Frio bom.

Marcelo C.

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Tá tudo bem que esse amor só me faz bem, dona do meu.
Moça que rega meu jardim e enfeita com flores vermelhas, do tipo rosa,
Eu te espero até a saudade bater, não me deixa.
O encanto nunca acaba, a paixão não esfria, o amor eternizado,
Chega cá, com cuidado, com charminho, moça linda de lacinho na cabeça,
Amor de verão é bom, com rima ou sem rima,
Se não eterno pelo tempo, eterno pela escrita.

Marcelo C.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Passeando


Voltei pro mar,
De onde era meu lugar,
Do mar hostil,
Pra acalmar.
Correnteza buscará,
Amor dará,
Pro mundo sem amor,
Chorará.
Voltei pro mar.

Marcelo C.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Filosofando amor


Se você quer alguém pra ligar após o pesadelo,
Se você quer alguém pra ligar e perguntar como foi o dia,
Se você quer o bem de alguém,
Você terá o bem do mundo.
Fazer alguém sorrir,
Fazer alguém feliz,
Fazer, fazer.
E nunca desfazer.
Nem nos dias que você não quer nem tirar o pijama do corpo,
Faça alguém sorrir, cuide do bem,
Não desperdice quem você tem.

Marcelo C.

quarta-feira, 16 de maio de 2012


 Na noite passada meu bem ficou tão deprimida porque fui embora e me falou: “oh meu amor eu me sinto tão só quando passas por aquela porta e vais embora.”
E eu? Então sai pela porta, peguei meu casaco de couro preto e fui embora pelas ruas da estação central.
Meu amor tenho só 30 minutos na cidade até cruzar o oceano e encontrar outras pessoas.

Na noite passada eu fiquei tão deprimido quando fui embora e meu bem me falou: “oh meu amor não se sinta mal por ir embora, pegar seu casaco de couro preto e ir pelas ruas da estação central, sei que só tem 30 minutos na cidade até cruzar o oceano e não ser visto pelas outras pessoas.”
As pessoas não entendem, nem as paredes pintadas de verdes entendem, e terminou a frase me dizendo: “oh meu bem eu não ligo mais.”

Isso tudo na noite passada.

Marcelo C.

segunda-feira, 14 de maio de 2012


Sambo e como sambo.
Sambo bambo, mas sambo para alguém.
Samba menina moça, formosa e graciosa.
Com jeitinho que encanta.
E o rapaz que se achava o bamba,
Na roda de samba,
O coração sambou...

Marcelo C.

domingo, 13 de maio de 2012

Casais infinitos
Dores finalmente findas
Minha menina, minha moça bonita
Minha alegria garantida
Amor de vida.

Marcelo C.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A moça


E assim, como naqueles jogos de azar perdi o amor que me foi apostado e que decidi renunciar. Perdi-o assim como num sopro forte e devastador do vento, que levou os encantos deixando os lamentos.
O amor se foi num trago, rápido, deixando somente a fumaça espalhada pelo ar e as cinzas em meio ao chão.
E acabou num piscar de olhos, num piscar de cílios, num minuto de tantos segundos, o amor que fora tantas vezes jurados.  Deixei-te.
Deixei o vento te levar a onde quisesse ir, mas de que adiantaria se o mar te trouxesse de volta?
E trouxe, mas outra vez o perdi.
Pois sou um tipo de aposta errada, um tipo de barquinho de papel que foi feito para navegar, mas assim que entra em contato a água se desfaz. Desfiz-me e agora continuarei a flutuar.

O apostador


Quis falar tanta coisa, e acabei não dizendo nada.
Apenas olhando pro seu rosto e vendo uma história toda passar na frente dos meus olhos, como num filme.
Quando te vi indo embora, vi o que realmente tinha acontecido.
Não que eu não quisesse tentar outra vez, algumas horas antes era o que eu mais queria.
Mais naquela hora eu não iria questionar nada.
Porque já tinha visto aquela cena passar na minha vida.
E não iria fazer o mesmo da primeira vez, na qual eu fui digamos que um pouco precipitado.
Corri atrás de ti como um louco e não deu em nada.
Com o passar do tempo, eu pude perceber que nem tudo na vida é tão ruim. Aprendemos mais com as perdas, do que quando ganhamos algo.
E naquela hora da despedida com um beijo suave tive que entender que mais uma vez estaria te deixando ir de novo, apesar de nunca ter tido você de volta.
No caminho de volta pra casa, no qual já tinha muitas vezes percorrido, pela primeira vez não fiquei triste ao te deixar.
Acho que eu agora realmente consegui entender o que a vida queria me propor.
Acho que eu precisava disso novamente.
Foi como um momento de voltar à realidade e ver que a vida é muito mais que isso.
Aprender com a perda, foi muito melhor pra mim.
Como disse pra ti, não me sinto nem feliz nem triste.
Agora eu apenas me sinto!
Como todo apostador tem seus dias de sorte e os de azar, e todo apostador sabe quando é a hora de parar de jogar. E pelo menos agora eu parei com isso, não vou mais brincar com a vida como se fosse um jogo, vou apenas deixa-la me carregar por onde achar melhor. Isso, esperar que bons ventos tragam-me um novo jogo ou um novo amor quem sabe, não vou dizer que fecho meu coração pra ti, não nunca poderia dizer isso pra quem já me fez tão feliz, quem sabe um dia talvez a roda da vida coloque nossos destinos frente a frente de novo.
Mas como nada pode se prever nessa vida vou leva-la sempre dá melhor maneira.
E apostando mais uma vez na minha felicidade eu deixo a vida me guiar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Acarinhar


Copo de leite
Flor de lis
Mão alva, boa de acarinhar.
Coração macio, pulsante.
Amante!
Vem me cuidar?

Marcelo C.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O apostador e a moça

Amor que começa por aposta só pode dar nisso, só pode desalinhar e passar por cima do apostador.
Amor de primeiro, primeiro amor.
Triste apostador que acha que pode por a moça apostada na linha, moça que quando menina andava em linha reta.
A moça cresceu e não anda nos trilhos, segue suas vontades e vai de andança mesmo que incertas, ela vai...
E não sabe aonde quer chegar, ela é duvidosa, oh pobre moça que sente a dor de ser apostada como dinheiro num jogo de carteado.
Pobre do apostador que passa seus dias a lamentar os erros cometidos, mesmo sem perceber que é só mexer uma peça desse jogo pra talvez a historia começar a mudar, ah, mas se tem um “talvez” então não mude, não seja pra mudar.
A moça continua a andança incerta.
O apostador no fim de tudo perdeu aposta e hoje deve não só pra quem apostou como pra moça que esperava bem mais dele, pra plateia que queria aplaudir de pé, mas se conteve em sair calada da aparição rápida do apostador e da moça.
E eles dizem: “oh nobre apostador, oh pobre apostador!”

Marcelo C.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O vento leva


Eu tento perceber as coisas ao meu redor, as coisas do sentido da vida. As perdas e ganhos, o que perdi pra poder ganhar, de uma forma correta o que o vento levou e levará. Observo calmamente e repenso, releio enquanto o vento artificial me esfria, enquanto vozes me tira o concentrar. Lembro que um tempo atrás chorei a vida, hoje sorrio. É mágico, é belo ver como escolhas mudam todo sentido, como te faz olhar o retrovisor e ver tudo correto, tudo se encaixando com o agora, ver como é errado julgar as escolhas do vento, por que simplesmente o vento leva para onde ele quer levar e para onde tem que ser levado.

Marcelo C.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dois corpos


Dois cigarros.
Dois copos.
Vinho bom, gosto amargo.
Vento leve, cabelo balança,
Bate no rosto, cheiro de grama,
Molhada!
Dou um trago, vai ao pulmão e volta,
Solto em tua boca, soltas ao vento.
Fumaça ao relento.
Beijos ao vento!

Marcelo C.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Lovely drug


Sabe aquele dia que nos corremos bêbados na rua? Aquele dia eu tinha acordado com uma tristeza profunda, aquelas que você não quer nem levantar da cama sabe. E o dia em que você bebeu e ficou tão sem condições que eu tive que te dar banho, depois descobri que tinha usado ecstasy fora toda aquela erva. Sabe que os dias apertaram pra gente? E nós aliviamos. Sabe o dia da tua crise de depressão psicótica? Eu pensei que meu mundo ia desmoronar, eu não tenho capacidade pra aguentar isso, mas eu estou contigo, vamos levando assim, estou pelo nosso amor. Porque eu sei que você não tem ninguém sem ser a mim, nem a erva e nem os comprimidos te consolam e curam como eu.
Eu vim pra te cuidar.
Acho que já tá na hora de darmos um tempo nas drogas.


Marcelo C.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Minha gratidão a uma pessoa


Viesse de brinde em minha vida, talvez como último gole da cerveja quente, da vida amarga. Procurei te encher de mim, consegui me preencher de ti, vivendo em pró da tua paz, embriagado do teu sorriso. Estou forte contigo, estou "drunk in love". Quero tua ingênua insanidade diariamente, e-t-e-r-n-a-m-e-n-t-e. Me pego estranhamente necessitando da tua apaixonante paranoia, do teu beijo calmo, da tua vida misturada a minha. Eu tão incrédulo que sou não vejo a quem agradecer a não ser a ti. Agradecer a oportunidade de ser feliz, de dar um trago em meu cigarro e soltar fumaça em tua boca e em seguida gritar aos quatros ventos o quanto te amo, a oportunidade de tomar uma cerveja num domingo e falar sobre teu dia, agradeço as coisas simples, as coisas complexas do tipo: não me deixar virar espuma, não me abandonar nunca. Do tipo: fazer-me sentir amado todo dia, fazer-me amar toda hora, prazerosamente te agradeço.

Marcelo C.