quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Carta á saudade.

Andei com saudades de uns amigos, como a falta no dia-a-dia dói.
Pela madrugada comecei a olhar um álbum de fotos nossas, e cada cena, cada pose, pude reviver tudo de novo, fechei os olhos.
Chorei.
Não choro de tristeza sabe? Choro de saudade do tempo junto, saudade das conversas, ir ao parque sem nada pra fazer, ir ao teatro não pelo filme que tava sendo exibido e sim pra não voltar pra casa e ter que esperar uma eternidade pra chegar o outro dia.
Lembro-me com saudade.
A irmandade criada, por mim nunca quebrada! Respondo por vocês (?)
Escrevo pra atingir, fazer lembrar, arrancar um sorriso.
Hoje em dia convivemos pouco, a internet ainda nos une. Crescemos!
Trabalho, faculdade, cada um com sua ocupação.
Namoros, romances, casos, compartilhados ou não.
Somos (ainda) três em um.
Começando por mim, talvez o mais sentimentalista até hoje. (o irmão quase mais velho se não fosse por um dia).
Depois vem a pessoa mais viajada que poderá existir, falando nada com nada ela consegue dizer tudo. (me passando a rasteira por um dia e sendo a irmã mais velha).
E a caçula que por incrível que pareça sempre foi a mais pé no chão dos três (ou como gosto de chamar a “destruidora de sonhos”), sempre controlando o guidom.
Olhando assim não mudamos em nada, ou mudamos em tudo?
Padrinho dos filhos de uma, tio dos cachorros da outra, assim decretado pra sempre nas escritas.

Preciso ver (somente) vocês, favor entrar em contato.

Marcelo C.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

SOU


Sou meu quarto escuro.
Sou a direção desse texto, sou o desorientar do inicio.
Sou a lágrima sintética do rosto de alguém, sou a inconstância, a leveza e o peso na consciência.
Sou o nó que não desata.
Sou nós.
Sou a felicidade de alguém num fim de relacionamento, mas já fui à tristeza antiga.
Sou o jardim que o cartola canta, sou bem além de mim mesmo.
Sou vontade da escrita e logo sou a desistência fraca.
Sou a falta de inspiração de muitos, ou simplesmente sou ouvido e voz.
Sou o de agora, o de antes já fui.
Sou nós.
Sou nó!
Sou coisas boas e alegres também, escondidas.
Sou o fim de noite, aquele fim de noite.
Sou a não-explicação desse fim de noite, imagine.
Sou e continuarei sendo, independente.
Sou a vontade de com uma palavra soltar essa tua lágrima presa, por isso sou escrita.
Sou meu quarto escuro.
Sou inacessível.
Sou substantivos poucos, e sou o clichê do amor.
Sou muito clichê do amor, mas sou a impaciência e o impulso.
Sou a impulsão, o NÃO, a não-rima.
Sou a cópia chula do meu ídolo, sou a estranheza de milhares.
Sou meu quarto escuro, e às vezes sou a fresta de sol na janela.

Marcelo C.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Definitivamente


Isso tudo é tu que cria o dramalhão porque as evidências mostram que tu não gostas, mas acha que sempre tem algo errado nisso, talvez por imaginar que fosse eterno e que fosse feito de sofrer.
Mas sabes que sofres por causa encerrada, sofres por uma fisgada que não vale a pena, só pensas que sofres, porque fica maquinando na cabeça fantasmas que não deixa ir embora por preguiça ou egoísmo de aceitar que fizeste tanta tempestade em vão, teus vendavais foram pra quem?
Ninguém se alagou nas tuas lágrimas, o que adiantou dizer que é pecado desprezar alguém?
Chega dessa história de quem ama foi feito pra sofrer! Quem ama foi feito pra viver! Definitivamente num mundo paralelo que quando aparece uma chance de escapar agarras e aproveita os 15 minutos liberto, mas ainda digo: quem ama não foi feito pra sofrer.

Marcelo C.