sábado, 30 de novembro de 2013

Para que você se lembre que o céu não é perto

A gente só queria o amor
Need (algum) love
Dai-me alguma war
Me exibo pra solidão
Mobilidade;
Pelo mundo
Amabilidade;
Por mim
Que só me sinto
Sorria palhaço
Arma teu circo e chora
Pra ninguém
Corrido
Largo tudo
Não precisa casar num domingo
Ja basta
Te ver sorrindo
Longe

Do fim.
A TV ligada no AV
O avião a decolar
Me para
Me tara
Quem sabe
Se amarra

Em mim.
Estou só
Com um monte de gente do lado
Porém, só.

E as estrofes vão ficando pequenas
Com frases longas

Eu vou ficando pequeno
Com frases longas

Você

Ficando pequena.

Sem mim.

Eu;
Ficando distante
Até então
Cinco paradas de saudades.

Ah;
Saudade. Longa.

Marcelo C.

Segunda pausa após vômitos emocionais

Teus passos me levam a pensar demais, tua ida parece sincera, estais nos braços de uma bela cadeira usando verniz vermelho. Em meus braços, nada.

Existe uma velha e nova  mão estendida, tão alva quanto a tua. Não é a tua. São quatro.
Eu quero o teu singular!
Corre.

Diz-me mais do que isso, ainda és maior que isso...

O que é isso? Me explica o que chega a ser isso?!
Me define isso. Te defino poesias. Te definhas.

Disseste à mim que te mostrei a vida. E agora vem dizer pra mim que é despedida...

Bela moça dos meus pensares
Nuvem alva do meu céu pálido
A jóia das minhas canções
Eu continuo matando os leões.
E torcendo a cara para vida acontecendo.

Você ainda ta aqui?
Ei, você ainda ta aqui?

Não perdoarei nem a ti se foste para lá.

Vontade de abraçar...

Se viro na rua abraços terei. O teu não estica.
Não queres esticar!
Não!

Marcelo C.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Casa 14

Devolva-me teu violão
Devolva-me teus beijos
Devolva-me teu amor

[...]

Devolvi a única matéria que ainda me ligava a ti, não foi em vão que passei o dia em choro, nada teu há mais comigo.
Assisti filmes, ouvi músicas, e tudo me dizia a mesma coisa: eu não te desperto mais!
É uma pena pois tenho o amor maior do mundo a oferecer, e na minha terra amor é suficiente pra tudo.
É dificil fazer o trajeto da tua casa, é dificil olhar nos teus olhos e não derramar uma lágrima. Te evito. Te amo.
Meu coração em chamas em voltar a casa 14.
Meu coração em gelo ao chegar na casa 14.
Eu não sou do tipo que banca o forte, mas não quero ser na tua frente o que banca o fraco.
Meu abraço diz muito, não consigo segurar e choro. Teu cheiro em mim. Vou embora.
Teu abraço diz muito, não consegues segurar o choro (meu).
Se possivel, no violão que devolvi, toca nossa música?

Marcelo C.

Poucas vezes

Sinto que deverias vim para ver os meus olhos tristonhos de cartola.
Um pouco de sorriso ainda resta, as vezes ainda sai um pouco de sol dessas frestas.
Mas quem liga? Eu estou feliz, você não está?
Choro inúmeras vezes ao dia.
Mas sinto que estamos fazendo exatamente como querias, querida.
Cheguei ao fundo do meu poço e as poucas vezes que te encontro sou feliz [...]

Marcelo C.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Memórias

Lembra que eu te dizia que só sabia escrever bem e muito quando tava triste? To escrevendo muito faz tempo!
Eram textos que tu querias? Esse mês e sabe-se la até quando tu vais ter textos.
Escrevo a ti para recuperar tuas memórias, pra ver se consigo te fazer enxergar tantas coisas nesse mundo, mas cada dia que passa vejo que não consigo, vejo que sou um fraco, apenas.
Tudo que passa na minha cabeça é que estais doente, prestes a morrer daqui há um mês e queres me poupar disso tudo...
Mas não, tua saúde ta em perfeito estado como sabemos.
A tua memória é a única coisa que me restou.
Queria escrever mais sobre isso, mas to com várias dores no corpo, na alma e na cabeça.
Se faltou citar o coração não foi nenhum erro, ele tá pedrado.

Marcelo C.

Dilema

Exatamente 13:38, to por terminar de escrever as provas dos meus alunos, e to ouvindo Lirinha. Senti alguma necessidade de por algo pra fora, vomitar coagulos que tão dentro de mim há tempos.
Acho que não percebe o alto nivel de periculosidade ao me falar coisas do tipo "pra mim não rola mais!". Em seguida um "sempre te amarei" pode não me confortar!
Eu te amo, e eu sei disso, sei que é real, e mesmo com dificuldades isso não muda, mesmo com outras me querendo, isso não muda. Então não me diz pra ficar bem, quando não se pode ficar bem!
Acho que no mundo existem poucos homens iguais a mim, eu sou único e sempre na minha vida ninguem nunca aguentou meu amor e convivo com isso até hoje.
A parte boa disso, é que aqui posso falar o que eu bem entender...
Então só pra fixar: eu te amo sim, to do seu lado sim, e quando me pedes isso me da uma alegria única, mas, ninguém precisa de dois apoios..

Quando a dor amenizar eu irei te encontrar

E te vejo voltando pra casa, andando com músicas nos ouvidos.
Pegarei por tantos dias o ônibus das 12:20 só pra ver se volto contigo. E te vejo voltando pra casa, com dois dinossauros seguros nas costas, capotando ladeira acima, chorando sobre o leite ainda a derramar.

[...]

Vou cobrir a nossa cama como fosse um firmamento.
Você sabe o que é um firmamento
meu amor? O que é, é muito pequeno diante do que pode vir a ser!

[...]

E te vejo procurando uma casa, um ato pesado para mim que estou a te olhar.
E procuras por casas bonitas, casas espaciais, com quintal, dois filhos robôs e um interior vazio.
E continuo a ver você voltando pra casa, com seios brancos que enche meus olhos e minha boca, a chorar.

Marcelo C.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Ar [2]

Meu coração acelera, parece que vai voar boca afora, minhas mãos treme, minhas pernas bambas.
Vejo que preciso ir a fundo na sua vida pra morrer aos poucos, aliais hoje ta um dia lindo de morrer
[...]
Vejo também que preciso morrer aos poucos pra viver aos muitos.
Olho com tanta saudade pra tua boca, pro teu cheiro, pros teus sentimentos, imagino teu beijo em presença, nunca mais tu esteve aqui.
Sinto sua falta, mais ter tua presença não é suficiente, ter teu fisico não prolonga vida e tu sabes disso.

Ah se não fosse o amor
E a força incrível do seu reator

As vezes passa na minha cabeça essa vontade de largar, deixar, jogar.
A vontade de te deixar, só não é maior do que a vontade de te ter!
Todos os dias te registro em letras, pra tu não esquecer que eu sou vivo, apesar de parecer morto, sou vivo e te imortalizo.

Chamei você mas você não veio, eu entendi que era normal, nada pessoal.
Ah se não fosse o amor [...]

E vou vivendo até parar, vou sentindo saudade até aguentar.
Além de você a única coisa que não tenho mais é ar!

Marcelo C.

Ela vai [...]

Ela vai sair a tarde com aquele vestido branco que você gosta, ela vai fazer os caminhos de sempre e você não estará ao seu lado, ela vai descer no mesmo ponto de ônibus e sair caminhando com o cabelo longo que você ama ao vento, atravessando a mesma velha ponte vai lembrar que você gosta de pontes e daquele rio sujo ali embaixo, ela vai cruzar a ponte e decidir em 10 segundos se vai pela rua da livraria cultura ou pela direta que da na moeda, nunca pela rua que da acesso ao marco zero, ela diz ser perigosa.
Enfim chegará em seu berçário da cidade, dará uma volta pra avisar ao lugar que chegou com sua beleza natural, reclamará do alto som dos ensaios dos maracatus e mais uma vez lembrará que você sempre comentava algo sobre isso, já ao escurecer, sentará no mesmo bar de costume, nas mesmas mesas de sempre e talvez lembre que a mesa onde lhe deste a aliança fica em frente a porta de entrada.
Vai lembrar também que quando você bebe um pouco mais, costuma dizer vários "eu te amo" e que naquelas mesas os planos foram feitos e desfeitos, que naquelas mesas há felicidade e tristeza.
E sentirá sua falta, e talvez lembrará o quanto você quer está ali e talvez te ligue perguntando se tudo tá bem, quando na verdade ela só quer te dizer "vem, eu te espero aqui e te amo."
E quem sabe ela lembre do sentido da união de vocês e chore ao pensar que te jogou de lado e chore ao lembrar que ao lado está você murmurando e de longe tentando alegrar seus finais de semana.
Talvez ela te procure depois disso, talvez esse vestido já pertença a outro alguém. Talvez ela só tome um copo amargo dessa cerveja.

Marcelo C.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Asma

Me ataca quando não espero, quando estou num nivel crítico de fraqueza.
Quando falas que não voltarás porque o mundo não mais gira em meu sentido.
Quando inflama meus músculos deixando inchado e estreito meu pulmão [...]
(Coração)

"Olho pra você enquanto passa o
mal, dói algumas vezes e eu nem sei por quê.
Voltei aqui pra te dizer que alguma hora tudo vai ficar pra
trás, e nós contando estrelas no mar."

Quando sinto aquela ânsia pela morte e me beijas na esperança que tudo passe... Não passa.
Como também não passa os dias, nem essa crise eterna de falta de (a)r.

Marcelo C.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Aguardar

Te aguardo atrás da porta
Aquela porta la do fundo
Fico escondido bem perto da sombra da dobradiça
A chave se perdeu
E eu já não vejo o sol
Dobras endurecidas
Coração já enferrujado
De veias entupidas por incertezas e atitudes (des)esperadas
Já rangendo ao arrastar os dentes
Mordo as trancas em destroços.

Marcelo C.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ar

Vamos nos livrar
Andar
Cantar
Pescar
Festar
Vamos nos livrar das amarras
Soltar
Cortar
Imendar
Juntar
                      [...]

Vamos tocar fogo nas paredes
Correr num campo com capim riscando as pernas brancas
Vamos de andança
E se vamos deduzo ser nós dois
Para de me deixar pra depois
Eu sei que falo como se fosse o fim
Tu achas que isso não pesa em mim?!
Até o que eu tinha vendi...

                      [...]

Deixa eu te livrar
Cuidar
Amar
Abraçar
Carinhar
Deixa eu te livrar das amarras
Salvar
Ajudar
Achar
O que (achas) perdido está.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Indo

E minha esperança indo e vindo, indo e vindo.
Atropelando minha razão sem nenhum motivo.
Procurando o ponto inicial desse precipicío|tento não ser invasivo.
Vou invadindo, invadindo...
Teu labirinto.
No começo do alfabeto me deparo contigo.
Em pleno sonho me pego te sentindo|sorrindo.
Tu és (menina) meu unico motivo!

Marcelo C.

sábado, 9 de novembro de 2013

Vejo o sol longe quando olho da janela

To no quarto olhando pra janela.
Fico todos os dias da minha vida trancado num quarto, meus dias tão passando lentamente, não vejo a hora de chegar o dia da libertação ou redenção.
Entre uma crise de asma e um cigarro, tomo um gole de vodca com gelo.
Minha falta de vontade pra falar com outros não é de agora, não é nada repentino, simplesmente hoje ta mais aguçada, talvez pelo momento vivido (parado).
Tenho um tanto de medo de tornar meu único espaço muito auto-biográfico, perder a essência das coisas, engraçado, meus amigos tão buscando saber o que seria "a coisa".
Cada momento é um momento, eu não vou viver o que vivi e nem escrever o que já escrevi.
As vezes tenho a intenção de passar algo e acabo tomando outro caminho e falando de tudo! Não quero te falar tudo, tudo tá tão complexo, sinceramente eu não quero falar nada pra ninguém também, mas, vejo aqui uma chance de falar por quem não tem voz... De falar de você pra você e talvez por você!
Imagina a gente poder falar pelo outro? Só imagina quem voa, quem entra num quarto e se tranca, eu tô trancado desde o tal dia, não sei se me liberto hoje ou amanhã, só vem me libertar logo! 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A distração dos dias

Não necessariamente, mas, meus dias resumem-se em te imaginar, guardo comigo um sorriso sem graça, e um carinho na mão, tenho guardado muitas outras coisas comigo também, inclusive você!
Em meio uma ou outra crise de loucura, minha vida vai parada, não ando muito auto destrutivo não. Branquinha, sabe que ando tentando tocar teu violão?! Deve ser um meio de te sentir perto, sim isso é um atestado de distância, não ando muito confiante em mim, mas quando fui né? Nem lembro...
Comecei a te fazer um livro, mas isso já tem um tempo, quando tu começou a desviar do meu caminho.
E se queres saber, na minha tentativa de tocar, to tocando uma música minha (nossa), aquela mesma que Alessandra um dia musicou.
Fico pensando se posso te avistar na rua, em meio tantas pessoas, andando e paradas, caminhando e correndo, será que te vejo flutuando?
Eu te vejo sempre no meu quarto, ironicamente é o pior lugar de se dormir e viver (hoje em dia).

Marcelo C.

sábado, 2 de novembro de 2013

Me limito a ser amor

Ato ou efeito de encantar.
Coisa que encanta ou agrada
extremamente: este drama é um
encanto.
Pessoa, que encanta.
Qualidade da pessoa ou coisa, que
agrada em extremo.
Numa visão geral eu nunca me encantei por alguém, vejo encantamento como uma superficialidade.
Encanto não é amor.
Prefiro amor!
"Os amantes apenas vêem os
defeitos das amadas quando o
seu encantamento acaba."
Quando você entra nessa, você compra o que não existe, com sentimentos as cegas.
Por vezes forte a emoção do encanto, ele passa, e o resto fica.
E o resto por sua vez fica ao lado, o resto fica observando teu fracasso ou melhor, tua passagem.
Realmente como não tenho nenhuma propriedade sobre isso fico limitado a ser amor.

Marcelo C.