quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ia escrever sobre você de novo. Desisti.
Tenho perdido muito tempo com você.
Tenho perdido todo o meu tempo com você. 
Me perdi em você. Perdi você. Agora me perco por você. Perco todo meu tempo com você. 
As vezes perco meu tempo me perguntando se tudo isso é só perda de tempo. Será que você perde seu tempo comigo?
Isso não é sobre você. Isso é sobre eu tentando pensar em outras coisas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


Eu troco a roupa, tomo um café, me sento sempre na janela. E a minha casa é pra onde vão meus pés.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

De que vale ser aqui?

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom.

Eu tenho uma certa dificuldade de só enxergar o que eu quero ou o que eu preciso, isso é a entrada para vida ilusória que tanto almejamos.

Eu vivo a vida na ilusão, entre o chão e os ares vou, sonhando em outros ares vou,
fingindo ser o que eu já sou.

Ilusão é um tanto quanto ruim, contraditória e longa.
Fecha os olhos e voa, vai buscar no céu um deus inexistente ou talvez possa inventa-lo para conforto próprio da mente.

É deus, parece que vai ser nós dois até o final, eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro.

Eu busco demais, eu peço demais, eu cobro demais da vida e das pessoas ao meu redor.
Isso talvez estrague minha vida real, me deixando numa condição de pedir: não me acorde, não por favor, aqui no caminho do céu ta melhor, o meu céu é leve, é seguro.

De que vale ser aqui, onde a vida é de sonhar? 

Não me vejo nessa vida, não consigo viver mais mergulhado na hipocrisia do mundo, das pessoas.
Eu juro que irei procurar meu melhor, em silêncio, mesmo sem me libertar eu vou.
Onde eu viverei, nesse mundo ilusório, fictício, a maldade humana é reclusa numa caixa preta.

De que vale ser aqui?

Liberdade.

Marcelo C.





terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não achei que ia conseguir dizer, quero dizer, dizer tudo aquilo que escondo desde a primeira vez que vi você, não me lembro quando, não me lembro onde. Hoje havia calma, entende? Eu acho que as coisas que ficam fora da gente, essas coisas como o tempo e o lugar, essas coisas influem muito no que a gente vai dizer, entende? Pois por fora, hoje, havia chuva e um pouco de frio: essa chuva e esse frio parecem que empurram a gente mais pra dentro da gente mesmo, então as pessoas ficam mais lentas, mais verdadeiras, mais bonitas. Hoje eu estava assim: mais lento, mais verdadeiro, mais bonito até. Hoje eu diria qualquer coisa se você telefonasse. Por dentro também eu estava preparado para dizer, um pouco porque eu não agüento mais ficar esperando toda hora você telefonar ou aparecer, e quando você telefona ou aparece com aquelas maçãs eu preciso me cuidar para não assustar você e quando você me pergunta como estou, mordo devagar uma das maçãs que você me traz e cuido meus olhos para não me traírem e não te assustarem e não ficarem querendo entrar demais dentro dos teus olhos, então eu cuido devagar tudo o que digo e todo movimento, porque eu quero que você venha outras vezes. (...)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Triste é não chorar, sim, eu também chorei e não, não há nenhum remédio pra curar essa dor que ainda não passou, mas vai passar, a dor que nos machucou e não, não há nenhum relógio pra fazer voltar… O tempo voa.
Era um dia especial, sentada no chão, folhas secas, algumas formigas, o seu cigarro preferido e Nando Reis. Sentia-me triste, solitária, cansada. Uma vontade imensa, maior do que tudo de te dar um abraço apertado e mútuo menina, apenas isso. Então fechei os olhos bem forte e desejei você na minha frente ao abri-los, mexendo no meu cabelo, sorrindo. Frustração. Quando abri você não estava lá. O que venho tentando ser dessa vida, é algo não tão clichê. Frustração de novo. Fumante, desiludida, confusa, triste, frágil, sentimental. 
E eu gosto dela e ela gosta de mim e eu penso nela será que isso não vai ter fim?
Do meu lado surge um passarinho que nunca havia visto, tinha asas compridas e sua barriga era amarelada, bem da cor dos seus olhos, não sei se é um devaneio meu ou algo  do tipo, mas o passarinho tinha o seu cheiro, conversei com ele e o chamava pelo seu nome. Lágrimas. Intensas como não me lembro de derramar há muito, muito tempo. Bateu uma saudade dos momentos bons com você, das prolongadas risadas pelos motivos mais idiotas possíveis e imagináveis, fechei os olhos mais uma vez, dessa com mais fé, pra ver se você aparecia e claro que não apareceu. O passarinho foi embora e levou seu cheiro e seus olhos. Você foi embora e levou minha felicidade, minha sanidade e uma parte de mim que eu já tinha depositado em você. 
Baby eu queria só te ver hoje , ver os seus olhos, sentir o calor intenso das suas mãos, baby eu queria que você fosse não. Baby eu queria te dizer agora, você vai embora levando o vapor e o vento das suas mãos, baby eu queria ir nesse avião. Baby eu queria te beijar de novo, sentir os seus lábios e o sabor no silêncio da respiração, baby eu queria ser o seu violão. Baby eu queria ficar com você pra sempre, ficar do seu lado ser seu amor eterno sua paixão, baby eu só queria te dar a mão. Mas não quero deixar que a tristeza inunde o meu coração, prefiro chorar com a certeza de que essa paixão me fez um homem melhor depois de você.

Jéssica Rodrigues.
Da vontade de mandar meio dúzia de gente tomar no c* e correr pra casa chorando, se trancar no quarto pra tomar um toddy e jogar Playstation até ficar vesgo. Isso de escolher qual cara eu vou vestir hoje fode com tudo. Sempre. É, eu confesso que não é exatamente a realidade que eu esperava encontrar. Talvez isso mude. Ou talvez eu só preciso de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.