domingo, 29 de dezembro de 2013

Arsenal

Como é bom te ter aqui comigo a passear pela cidade.
Como é bom te segurar, de mãos dadas andar pela cidade.
Sentir você a suspirar com minha presença como se fosse voltar pra minha casa e preparar nosso jantar.
Falar besteiras dos dias antigos e comentar o quão bonito é viver para ser um!
Provocar ciúmes bobos com aquele tom de me amar e depois rir de chorar e ainda mais ainda quero te decifrar de cena em cena e depois misturar o meu melhor com seu melhor, as baboseiras e corpos quentes, meu pé gelado com teu nariz sempre a corizar.
Um pedacinho do teu carinho pode mudar o meu mundinho e de inho em inho me apaixonar...por você!

Marcelo C.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Porta na cara

Desde que você se foi, te falo pra não voltar, te canto a porta trancada, te bato a porta na cara!
Te falo da boca pra fora.
Desde que você se foi, escrevo poesia lacrimal, espanto as redondezas para proteger o mal.
Conto as minúsculas contas do dia, os pequenos sonhos de vida e de morte, falo pra você e pra eles, mesmo que eles não quero.
Faço um verso muito pequeno com sentimentos grandes, trilho o caminho das palavras para atingir tua casa, mas se chega, meu bem, eu não sei.
Escrevo de tudo lindo um pouco, faço suas minhas palavras, e faço meu o teu silêncio e assim te escrevo o desespero.
Meu amor, escrevo pra te apaixonar, tocar fogo no teu coração e com tudo isso ligar-me em tua paixão, mas minha moça, se isso não quiseres, amar minhas palavras, outra moça quererá.

Marcelo C.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Um domingo pela manhã

Quem me dera ter você pela manhã a sorrir pra mim e me beijar como quem vem pra não mais sair.
Como é bom ter você bem de manhã pra mim sorrindo, e conversar sobre palavras que não entendes, o nosso filme, o nosso amor.
Como é bom ver tuas bochechas tão rosadas a me corar de felicidade, e me fazer gargalhar como uma criança nessa idade.
Vem, deita aqui, deixa eu alisar os teus cabelos quase preto, e misturar a tua pele com a minha pra nunca mais soltar.
Vem mais pra cá, traz  cerveja, ponha o Noel pra tocar, que nessa trilha vou trilhando o nosso amor até raiar.

Marcelo C.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Todos os meus dias

Tudo sempre começou quando eu sai dai, joguei a cafeteira fora, falei pra você não vir.
Joguei meus pensamentos longe, deixei de responder por mim, sem ligar para o que estava havendo a ti, fugi, corri, preferi me esconder em egoismo, mesmo machucando-a.
Mas para quem sempre amou, a raiva é farelo velho, e assim como eu velho, vou guardar os teus cabelo bagunçados, teu sorriso, teu olhar e a repetição.
Vou viver com tua presença sempre inconstante, pois para o meu amor és importante.
Vou guardar tua rebeldia, e as vezes que me ganhou, meus sorrisos arracandos, mesmo quando teimo em ser bravo, vou guardar você como um dia de sol, uma nuvem bem branquinha clareando meu redor.
Vou sempre mimar você como o primeiro filho, o meu primeiro amor passeando no domingo, e quando eu não lembrar dessas coisas, nem das rugas, nem dos nomes, vou querer te encontrar pra contar dos meus dias sem você.
E vou parar pra descansar das lembranças, de você e de mim.
Vou poder sentar e tomar meu café e guardar os meus dias pra você!

Marcelo C.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sobre o que ta acontecendo comigo

Hoje chorei, afinal, é natal ne?!
As pessoas ficam mais sensiveis nesses tempos.
Tava pensando em te abraçar, mandar um feliz natal quem sabe.
Como será o natal da tua familia? Aquela reunião monótona que tanto falavas me faz falta, na verdade tua presença me faz falta demais!
Jogar um amigo secreto com tuas tias e sempre ser sacaneado, comer além da conta porque tua vó não admite estragos, e depois ficar desesperado pra voltar pra casa tarde da noite.
Sei que hoje tu pensou em mim, sorrisse e sentiu saudade.
Pensei em te ligar também, desejar feliz natal, falar do dia, dessas saudades, sorri.

Marcelo C.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Um dia comum

Hoje resolvi não te escrever, vou falar de outras coisas, do tipo, um domingo em casa, uma segunda a cinco paradas de distância, uma planilha do trabalho pra criar, um seriado pra assistir. Uma semana fria, vazia.
Um dia puxado na academia, algo a ser despertado dentro de mim. Um vazio.
Ouvir músicas repetidas no rádio e querer comentar com alguém como ta tudo chato, mas não existe ninguém ao meu lado, não existe uma pessoa onde eu queira comentar coisas superficiais com tanto impacto.
Hoje acordei muito tarde, tava com aquela vontade de ficar na cama a vida inteira se possivel, mas resolvi não te escrever, nem descrever nenhuma das maravilhosas qualidades tua, também não quero que perceba minha fragilidade nem o tamanho da saudade que guardo, mas hoje é um dia em que resolvi falar de qualquer coisa, menos você.

Marcelo C.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Umas coisas que se esconderam

Lembro quando essa hora tava saindo de casa pra chegar atrasado na tua.
Hoje saio de casa em busca de ser;
Ser algo, alguém, ser um completo idiota que bate nas portas das casas te procurando.
Lembro como era bom ser teu, conversar sobre assuntos totalmente sem sentido.
Bom, sentido, eu ando sentindo, falta ódio, sobra amor, pra quem?
Sobre o amor, ah sobre o amor, manda ele voltar, manda ele ficar por perto e parar de fazer tanto estrago desnecessário.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Alteração quimica

A forma como tu mexe no cabelo procurando um efeito céu.
Vê, meu coração, se deslocou olhando de lado para tua boca.
O meu toque sentindo na pele tua, a saudade.
E tu me vê voltando pra casa trazendo nos braços as flores imaginárias, trazendo meu coração com a raiz desesperada pra ficar.
Sozinha a raiz cresceu enlouquecida, apaixonada pelo teu céu.
E sem que eu entenda o porque eu procuro ficar, procuro tua casa, procuro tua volta, procuro estar certo da minha certeza.
Certeza de que voltei pra replantar a tua memória, como a crença grega que tudo volta.
Nunca apagarei tuas palavras de certeza da minha memória, dos arquivos do passado.
Como esquecer teus movimentos?
Como se negas a me proteger do frio?
O perfume carregado, um cheiro de cama e o travesseiro de pedra.
Mais tarde, calada, limpar o meu pranto, deitar em nosso canto.

Marcelo C.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Vem com o vento

Olha que quando te amo, te chamo.
Olha que quando te chamo, sou vento.
Olha que quando sou vento, sou frio.
Olha que quando contigo, sou fogo.
Olha que com teu sorriso, sou bobo.
Olha que sofrimento não é nosso,
Olha que dos dois lados o choro.
Olha que quando não estais sou só
E se nunca mais estais, sempre serei só.
Mas se ameaças vim no fim da tarde daquele fim de semana, sou amor
Contigo sou cerveja e barzinho
Quando não estais sou cachaça amarga.

Marcelo C.

Sabe como eu me sinto?

Quando deito pra dormir e meu pensamento fica a espera que logo cedo tu vai bater na minha porta debaixo de chuva pedindo pra entrar?

Quando quero te ligar pra contar do dia, do tempo e de mim?

Quando vens com desculpas por não ter mais tempo de me ouvir?

Quando muitas vezes quero te encontrar e não posso?
Como diria Caetano "por que você me esquece e some?"
Essas músicas sempre fazem algum sentido ne?
Essa música é o roteiro da vez [...]

Talvez seja falha essa forma de ajuda oferecida, talvez esteja tudo errado, mas quem se importa?

Você sabe como eu me sinto?

Marcelo C.

Ela foi embora

Um dia levantou, abriu a janela, mirou no sol, cegou, e viu que não me queria mais.

"Você me fez sofrer, você me machucou sem ter razão nem dó, e assim prefiro eu só"

E assim foi embora. E agora eu quero chorar, mas ela foi embora, juntou o violão, a mala, bateu o portão e foi embora.

Mas se ela volta? ah se ela quiser?
Se ela me disser: "perdão, errei e agora eu quero chorar"

Mas ela foi embora, disse que pra não voltar. E agora eu quero chorar.

Marcelo C.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Escrevi uma carta para teu cabelo longo

Moça sorridente
Encantadora
Ardente
Cabelo longo preso
Te amo mesmo quando não te vejo
Fecho os olhos e teu sorriso ganho
Um beijo
O teu perfume que não vejo
Sinto
Quase que posso te ver
Mas o olhar e o amor não mentem
Teus olhos sorridentes
Dançam
Com tua boca que canta
E encanta
Meu drama
Minha cama
Que deito e me reviro
E deixa que com o sofrer
Eu me viro
E com a saudade
Me divirto.

Marcelo C.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Por vez, sentimentalidade

O dia passa correndo
Adentro
Correndo
Fodendo
A gente.

Pelo dia, acordo a noite
Pela noite, rolo na cama.

Só penso
E penso
Por vez, lamento
Aguento
A falta.

Sua.
Que me faz esperar
A falta
Que me faz trancafiar
Uma sentimentalidade

Saudade.

Marcelo C.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

12 de Dezembro

Sinto saudade, essa é verdade.
A distância causa feridas na alma que abrem a cada pensamento distante que tenho em ti.
Nessas manhãs de dia 12 principalmente, a frieza do pé toma conta do meu corpo, tornando fria a saudade seca.

Por que você foi pra tão longe? Não precisava tanto, bastava só não telefonar.

A cada verso escrito que te sinto perto.
A cada linha tirada da nossa vida, tua ausência fica.
E ficam outras vontades, mais simples, por exemplo um abraço, quem sabe caminhar de mãos dadas.

O que aconteceu? O ar não foi suficiente? Você não viu , você sumiu, mudou de lugar.

Uma caminhada na praia, uma flor roubada da vizinha, que me torne vivo e comum.
Gritando doze vezes tua falta, pensando doze vezes os momentos, cada parada dessa estação.

No mais, estou vivendo normalmente,não vou ficar pensando se tivesse sido o contrário.

Saiba que ainda gosto muito de você, saiba que a falta do seu quarto desarrumado bagunça minha mente, do sorriso alvo e do nariz gelado, até o rosto rosado.

Esse silêncio é paz, nesse momento cai uma forte chuva.

Marcelo C.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Parte

Se queres partir
Parte
Parte antes que eu acorde
Parte antes que os olhos das flores se abram
Se queres partir
Parte
Parte antes de ontem
Parte deixando todo teu resto aqui
Se queres partir
Parte
Parte feito quem vai pra não voltar
Parte antes que meu coração infarte
Mas se queres voltar
Volta!
Apenas volta.

Marcelo C.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Eu entendo o seu depois

Então que chego ao fim sozinho
Da minha linha cuido eu
Que corto
Desato
E amarro
Fogo não pega
Água não apaga
Poeira não baixa.

Como pode alguém querer ser seu de longe?
Manda avisar que esse daqui tem muito amor pra dar!
E de pedidos em pedidos peço que queira comigo
Caso contrário
Digo que me retiro!

Marcelo C.

Meu amor

Meu amor
Quanto tempo mais de dor
Vamos ter que esperar pra dizer que não terminou
Meu amor
As flores do meu jardim
Já cresceram o suficiente para não caberem em mim
As raizes fortalecidas a espera da sua morada
Meu amor
Essas mesmas flores já escondem seu perfume ao imaginar o seu por perto
Doce como seu abraço
Meu amor.

Marcelo C.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Não me fale sobre meu comportamento

Uma janela enquadrando meu espaço. E pensar que minhas agonias as vezes são outras. Reflito sobre meu reflexo, sobre tua ausência, sobre tua falta desmerecida e teus poucos dias de vida, tua pressa de partida e tuas falas fingidas.

Marcelo C.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Diretamente a ti

Não registro mais intenções escancaradas.
Creio que cada pessoa tem um monstro dentro de si, o meu tava escondido, agora voltou.
Se fossem aplicar caracteristicas a ele teriamos um vazio, mas, não um vazio por completo, um vazio cheio de coisas guardadas, coisas bonitas, coisas boas, mas que por algum motivo ou pedido, foram trancadas. E totalmente vendadas.
Não alarmo meus dizeres, falo diretamente a ti, aqui.
Acho que não observa isso, como de fato não observará esse ponto.
Se olhas, dai-me um sinal, uma dica.

[...]

Eu tenho tanto pra dizer, sobre nós dois aqui...
Me leva pra sua casa eu preciso
descansar, me leva pra sua casa não sei mais com quem falar!

[...]

Quero conversar com seus amigos,
encontrar os velhos conhecidos da sua rua. Entrar na sua!
Me adaptar de vez ao seu lugar.

Marcelo C.

Só uma canção para alguém

A saudade que alumia a vida
O preto e branco que permanece na ida.

A espera pela vinda
Da mais bela dor infinita
Que fica
Que fica.

E no meio das idas e vindas
Saberei me defender
Para me livrar do medo

Para projetar meu sonho em alguém.

Marcelo C.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Nublado

O seu vicio é maior que o meu coração.

Não existe o que falar, o que pensar.

O seu vicio é maior que o meu coração.

Cantar na luz do sol, embasado em manchas pretas.

O seu vicio é maior que o meu coração.

Sair na cidade te procurando, sabendo que não iria te encontrar, me tranquei.

O seu vicio é maior que o meu coração.

Janelas trancadas, meu quarto novamente abafado.

O seu vicio é maior que o meu coração.

Andando reto sem destino, cantando apenas palavras frias.

O seu vicio é maior que o meu coração.

Todo o circo armado para te dizer: que o sol não sai amanhã, pra você.

Marcelo C.

Reanime

Sinto muito, mas aconteceu
Sinto muito, mas meu barco chegou
Sinto muito, minha ilha voltou.

O mar me resguardou
Bordou em mim as amarras que soltou.
O amar se trancou
Pegou a chave e fora jogou
O amor.

O barco foi embora
Na areia da ilha me largou
Não se iludas com as cantigas
Cantei, cantei
Me peguei num bloco de gelo em cima do sol.

O sentimento congelou. Reanime.

Marcelo C.