terça-feira, 6 de maio de 2014

3:40, de uma segunda

E a cada momento que passo fora do teu lado, é um tanto sem riso.
E mesmo risonho sem está ao teu lado, penso que poderia está e risonho fico.

E a cada momento que passo fora da tua boca, é um tanto sem gosto.
E mesmo sem gosto ser, penso que gostoso é, pois gostoso é teu beijo e todas sensações em mim causadas.

E a cada dia longe do teu corpo, é como sem calor ficar.
E mesmo sem o quenturão das tuas coxas, meus lábios ainda não morrerão de frio.

Marcelo C.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Um tropeço desprovido

Menina bonita
Que tanto me irrita
Me tira da pista
Ou me visita
Esquece essa rima
Que quem não arrisca, não petisca

Mas vejam só que moça linda
Que cegou a minha vista
Entrou de visita
E nem perguntou se era bem vinda
Esquece essa rima
Que desejo se conquista

Menina bonita
Que anda clareando minha vida
Mas, insiste em ser distinta
As coisas sentidas
E se resmungar mais alto
CUIDADO!
A gente pode perder a rima.

Marcelo C.

sábado, 15 de março de 2014

12 de Março

“Oh querida, quanto tempo te escrevo sem retorno, ando exausto de ser frágil.
Pergunto-me se futuramente algo alem de cartas somente enviadas nos ligará?
Ando repetindo os mesmo versos a meses, deixei o “eu te amo” em lápis, decides se deixa-o eterno a tinta. Imagino que o entregador anda falho contigo, te encontrar também anda difícil pra ele?
Variei as flores, percebestes? Os jasmins deixam as cartas com um aroma bom, já que não consigo mais sentir o teu.”

Acho essa carta entre entulhos do quarto, achei também saudade, amor e umas compras de 1,99. Achei você (novamente). Achei que tinha perdido o rastro, achei você em outra, achei você outra. Vi que não!
Sim, eu vou sorrir, mas nesse momento vou chorar, ai pensar que não tem mais lugar, que o deitar no peito agora é vão, que o bom dia calou-se.
Aproveitei pra ler todas as outras cartas feitas a mão, guardo cópia de cada uma que a ti dei e agora convivo com tua falta que não me larga, e que todos os dias esse porta-retratos vem me lembrar de que sem você aqui eu não sou nada.
Sentindo na pele a resposta da pergunta que tanto fiz “E se amor não morre?”.

Teu eco responde, tua ausência (não) é sorte. Da solidão á morte.

Marcelo C.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Tudo vermelho

No meio de tanta música triste, surge algo como essa canção, impactante, ligeira e bêbada!
E os caminhos das notas vão resurgindo, e trilhando o chão ainda em pedregulhos, depois de vidas, sou um texto feliz médio, depois de vidas, sou o ar que voa a borboleta.

E quero que seu vôo vire infinitamente particular ao meu céu e que as semanas acabem sempre com nuvens brancas Começando a outra.
E que sempre tenha pôr do sol vermelho pra misturar nos meus olhos castanhos escuros teu mar verde.
E que esses registros de imensidão fiquem cravados em dois versos simples.
O Mar. O Céu.

Marcelo C.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O caminho que se anda não se limita

Meu radiador pensante vive em constante fumaça, quem calado me vê não sabe o barulho que esse motor vermelho faz!
Dou voltas e mais voltas na estrada do teu pensamento, quem sabe tropece numa pedra e caia na vala do teu coração? De onde nunca quis sair, e sair pra não voltar. Espero voltar!

Nessas andadas corro muito, as vezes ladeira abaixo, vez ou outra com rumo, sempre voltando ao caminho esburacado que tem o nome de "meu coração".
Uma vez de conversa no banco do carro, falou-se em não-abandono.
Caminho em circulos na minha vida, como se não tivesse o fim que tanto se fala e quer.

Uma vez de conversa no teu quarto falou-se em abandono.

Marcelo C.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Um cigarro e outros

Quando ando sem esperar, esperado mostra na minha cara que ta vivo, e me bate o coração com prego na ponta.
Em duas andadas me vou, tremor dos pés a alma, cigarro abusando do momento, traga-me em sete segundos. Outro.
A inesperada rejeição do corpo grita em meu suor, e volta o querer bem, volta a amargar solidão. Volta.
O casualmente forçado ignorar do acelerado orgão involuntário, pulsando firme a falta de sua metade, na qual estragada está. Eu vi a despedida.
Fui embora em meia carteira de cigarro, na outra morrir.
E como bom morto vou apagar a imagem de vivo que tenho de mim, vou apagar meu rastro, mas nunca deixarei de ser fumaça!

Marcelo C.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

12 de Fevereiro

E prefiro confortabilidade da fuga, a certeza de que na rua verei uma estranha. E continuo te afastando de mim, afasto o cheiro, a presença, o beijo, e deixo com o tempo, deixo que o fio se desenrola.
A perseguição dela á mim é causa-razão da minha inquietude, e tenho sono mas não posso dormir, tenho fome mas não posso comer!
E meu corpo ressacado da secura de você, morre.

Ouvindo mestre Cartola outro dia lembrei de você, ouvindo Noel lembrei do quarto, da cerveja, da fotografia, lembrei da cozinha e do fogo. E lembrei que meus olhos pegam fogo, ardem, lacrimejam fervendo saudade.
Se você soubesse quem sou, se deixasse eu te conhecer, me apresentar de uma forma nua, atua em mim a cena do fim, ou dos fins.
Corto a raiz todos os dias pra evitar um crescimento cretino e sem rumo do sentimento solto, corto as cenas ruins, pulo pro fim feliz, pulo pra parte em que tu sorrir!

Marcelo C.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Minha paciência é a razão

Quando a procura cansa de achar o que não existe, eis que chega a esperança tardia de que tudo pode piorar ou melhorar da noite pro dia.
As percepções já não são as mesmas de meses atrás, o calor hoje é frio e a parede com teu nome mofou, cobriu-se de uma leve camada branca ou esverdeada que assinalou o começo da decomposição. Os sinais de paz perderam a validade.
Ir caminhar na praia para comemorar o dia da derrota, e sigo e sabe que sei de tanta coisa que esqueci.
Vai ver no fundo do mar exista algo que puxa a fome do estomago e no fim da  tarde tudo se enterre em sua areia fofa. Teu rosto nunca me da trégua!
Milagre hoje em dia é reconhecer teu cheiro, milagre hoje em dia é parar pra te despertar, dizer algo forte e trancafiar o milagre de te ver.
O brilho da lua cheia pisca á mim em sonho-realidade, apaga e dorme a madrugada inteira vasculhando o pensamento que chega vez ou outro, o papel em branco fala mais por mim do que mil rosas vermelhas rabiscada de hidrocor marrom.
E quem sempre viu em mim o que via em ti, hoje vê um espaço do pedaço que era teu, eu.
Quando bater em tua porta machuca mais que coração ferido, a ilusão de colher os corações desenhados em minha parede e planta-los em um espaço livre desse mofo que tomou conta de um dado desse jogo de dois.
A ilusão é a veste que me faz te envolver nesse tempo ligeiramente parado no ano passado e nada me faz querer ver-te a minha porta bater, com a roupa do couro e cheia de choro.
E sabendo que raiva em mim não dura e sabendo que morri com a decepção que escolhi manter em mim, te afasto assim que puder te aproximar novamente.



Marcelo C.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Quando me esforço pra te dar recados

Às vezes bate uma grande saudade
Às vezes penso em aparecer e viver pra te ver
Às vezes fico feliz, às vezes te sinto feliz
Às vezes crio coragem de enfrentar a realidade
Às vezes suponho que existem verdades
Às vezes grito de sufoco
Às vezes até grito por socorro
Às vezes posso correr e saltar do mundo
Às vezes o mundo que salta em mim
Às vezes brinco de sorrir ao outro
Às vezes quem me sorrir é apenas o outro
Às vezes teu nome passa na cabeça, tua voz ecoa e tua presença é firme
Mas às vezes... Sabe? Às vezes eu só te quero eternamente longe de mim!
Às vezes quero te ver feliz.

Marcelo C.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Um sorriso arrancar

Todos os dias escrever coisas tristes, todos os dias tentar entender os motivos.
Ele sabe que perdeu, ele sabe que morreu o seu amor.
Todos os dias ele tenta te matar em pensamentos, apagar a memória de um amor inevitável.
Todos os dias ele tenta te fazer o bem maior, ser feliz sem fronteiras, sem pensar no pior!
Todos os dias ele pensa no que fazer pra te agradar, roubar uma nuvem, um céu inteiro pra um sorriso arrancar.

Marcelo C.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Um pedaço teu

Me diz por que
Por que razão
Foste sair do sim
Pro não

Sei que nada é em vão
Em nosso espaço vão
Um grito assim
Um estrondo em ti

A solidão
É mentira pois vejo em você
Um silêncio, uma imensidão
Um conforto de viver em mim

Não entender
Os motivos que emana o amor
De cada ilusão
Pedacinho de flor em flor
Jasmim

E eu fico aqui
Te olhando assim
Viver feliz
Por completa
Em imaginação

Me diz porque
O contrario de eu
E você
Um pedaço calado
Filtrado em mim
Estampado em ti

Marcelo C.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Análise

Eu sinto uma falta imensa de conversar com você, de besteiras ou assuntos serios, de brigas a beijos, você me faz muita falta.
Hoje apertou um pouco mais, sempre tem esses dias que me perco!
Nada de mágico em meu dia sabe? Não, na verdade hoje cedo passei muito mal...
Fiz um jantar, vi um filme, conversei com minha mãe, fazia tempos que não conversávamos.
Fiz um lanche agora a pouco e comecei a pensar na minha vida e como sou diante dela, geralmente penso muito enquanto cozinho ou tomo banho, as ideias claream com cada salpicos de óleo quente, é uma verdade entrando por entre meus poros...
Tomo um café forte agora, imagino o que fazes, seus planos, seus movimentos.
Você realmente não me ama mais - Você não sabe dos meus sentimentos - Eu sei das tuas atitudes!
Parece que decidiu andar de ré ao meu encontro, eu poderia te beijar com os olhos.
Você em breve se apaixona novamente - Eu quero ficar só! - Eu quero ficar com você... - Eu quero ficar só.
As vezes me pego conversando com alguém, perguntando se ta tudo bem, só pra me perguntarem de volta "e tu ta bem?"
E responder á mim mesmo que não, que ta tudo ruim, pra ser sincero ta tudo uma merda!
Você não pode fazer isso comigo! - Mas pra frente você vai ver que fiz tudo para o seu bem - Você não sabe qual o meu bem.
Sabe qual a diferença entre escrever e fazer análise? Se eu deixo de escrever um dia eu não preciso pagar a sessão!

Marcelo C.

Reflexo de uma realidade que não queremos ver

Quando eu percebi estávamos nós dois a confiar no tempo
A disfarçar momentos, de um grande amor que irá voltar
Você só vai entender depois, a força que tem em nós dois.
E quando me vi no espelho, pensando em nós dois, de novo, a todo momento...
A disfarçar o jeito de grande amor.
Só vou entender depois, a força que tem nós dois.
Nosso fim começou como uma tempestade pra não acabar
E de ir pra não voltar, como uma canção pra não voltar, a cama a bagunçar.
E te vi no espelho a pensar em nós dois...

Marcelo C.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

12 de Janeiro

Bom dia
Hoje é um novo dia
Que estou sem você
Um frio
Uma chuva
Um vento
Gelando o meu pé

Bom dia
Hoje é um novo dia
Que o vento está sem você
Um pé gelado
Um nariz
No frio
Uma cama vazia

Bom dia
Hoje é um novo dia
Que a chuva está sem você
Um pingo
Chuvisco
Sorriso
Uma saudade partindo

Bom dia
Hoje é um novo dia
Que estou sem você
Um dia que seria tudo pra mim
Mas hoje, nem tudo pra mim
Já que foi ela que ficou sem mim

Marcelo C.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Imagina?

Imagina
se o céu fosse cinza sempre
E
se o azul do mar parar de teus olhos clarear
Imagina
Teu cabelo cortado em camada de ozônio
E
Se com um sopro mudasse eu a lua de lugar
Imagina
O sol engole a terra
E
Se o amor nos engolir sem mastigar
Imagina
A gente nunca mais parar de se amar
E
Pra cada raio de sol uma flor eu te dar
Imagina
Cada coisa linda que meu sorriso dirá, quando você voltar.

Marcelo C.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Te acordo as 15

Sabe, aqui eu quieto no meu canto, sentindo o calor do sol, o pensamento vai e vem inúmeras vezes  em ti, mesmo tu não pensando em mim.
Aqui é um típico lugar onde queria que você estivesse, ah como eu queria que você estivesse aqui e ouvir repetidamente “Café a dois”.
E quando eu me lembro de tudo, quando lembro do rosado das tuas bochechas, quando lembro o quanto me invades, e eu lembro que me desfaço das lembranças.
De café a dois passo a um pequeno, e de jogo em jogo, jogo só de dois. Nós dois.
Queria te trazer cá, a vista é boa, ias fotografar a vontade, e quem sabe desse retrato me guardar em ti, me guardar pra ti em um porta-retratos com bordado em flor.
Irias gostar de me ver cozinhando congelados, e descongelar os risos e suspiros de um sujeito amor.
Feche o olho, estou indo ai te buscar, passear, e quem sabe voltarmos a tomar nosso café a dois.

Marcelo C.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Como caçar borboletas se jogaste a chave fora?

Você vai me ver e vai chorar, vai lembrar que abriu a mão e me mandou voar.
Você vai me ver e vai cair ao chão, vai perguntar o porque as coisas acontecem, porque os balões não queimam e vai continuar no chão.
Você vai me dizer que quer fazer o tempo voltar e a luz acender, mas talvez não seja assim meu bem.
Talvez eu resolva hoje cansar da espera e cair no mundo, mas o problema de cair no mundo é que a queda pode ser eterna, e quem sabe eu queime tua luz.
Já de barriga cheia de solidão, vai lembrar que quem soltou as borboletas foi você e que sinto fome. Sinto falta.
Talvez quando me ver me pergunte onde estou e eu diga que estou a esperar por você, ou por uma outra moça que foi comprar café. Talvez quando você cair ao chão eu te beije e te viva.

Marcelo C.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Um dia após

Eu não desistirei enquanto a vontade de sonhar for maior do que a de morrer.
Eu não desistirei de ouvir a mesma canção e todas as vezes a ti oferecer.
Eu não desistirei de gritar pro meu coração que amor não morre não!
Eu não desistirei de versinhos te fazer e de fitas preencher o que vazio estar.
Eu não desistirei de colher as flores do céu para te dar, como também não desistirei de gritar ao vento que odeio te amar, e a eternidade darei a minha vida por te amar.
Eu não desistirei de um dia de ressaca ao teu lado, de uma fruta mordida na metade e Cartola tocando no quarto.
Eu não desistirei de dias tristes a te esperar, pois guardo os alegres pra quando tu voltar e se alguém há de perguntar se com o tempo acabar, eu direi que há de durar, como irei enfeitar as paredes do meu quarto pra te parabenizar pelos dias gastos e juntarei meus pedaços e colocarei em tuas mãos para assim unificar nossa união.
Eu desatarei os nós e jamais desistirei de nós, e enquanto haver outro dia sempre amarei tua voz.

Marcelo C.