quinta-feira, 31 de maio de 2012


Preciso parar de viver utopicamente. De sentir. Correr. Ser.
Coletivismo utópico, promessas inacabadas, planos furados, sentimentos em greve.
Não precisa me olhar.
Não precisa me olhar de lado como quem não quer nada.
Explicações, cuidados forjados.
Amanhã faço isso e aquilo, pego meu livro e vivo. E morro.
Preciso parar de viver perigosamente calmo.
Preciso sentir as pessoas, o pouco do bom que elas têm pra oferecer, que elas são obrigadas a me oferecer. Mas eu não quero.
Enforno-me no quarto é mais cabível, não só à mim.
Não é egoísmo, nem ser antissocial, nem ser antipático. É minha vida.
Nem triste, nem feliz, ótima vida.
Preciso da minha eudaimonia.

Marcelo C.

terça-feira, 29 de maio de 2012


Eu fico te olhando assim de perto, mas com os olhos apertados que parecem que eu tô tão longe, e eu acabo indo pra longe, mas tão longe que às vezes demoro pra voltar. Encanto-me.
Observo como tu tocas o rosto com as pontas do dedo, como morde o lábio fingindo não querer me beijar. Encanto-me.
És de fazer melodia com a vida, não vê beleza em tu, mas eu vejo todas possíveis.
Vejo quando fecho os olhos e vou pra longe, na verdade quando vou pra longe eu vejo muito, vejo demais, onde ninguém vê.
Olhar-te a cores ou via teto do quarto é besteira.
Olhar-te sorrindo ou encarando-me é riqueza.
Só te olhar é o que me vale de uma vida inteira.

Marcelo C.

domingo, 27 de maio de 2012

3 ventos



Senti um vento forte passar por mim, ele destruiu o que via pela frente, causou desastre.
Cada virada fria que dava me doía.
Fez frio de não levantar da cama e nem tirar o pijama.
Fez frio de lençol no rosto o dia todo.
Tipo tornado.

Depois foi ficando mais calmo, só me tirando o sono e a fome, a disposição fraquinha, voz de quase morto.
Balançou pra lá e pra cá, me jogou no mato, do tipo abandonado.
Vento dilacerado.

E agora essa brisa que chegou pra ficar, estava ela grande a cantar.
Besteira qualquer, essa brisa não me faz chorar, agora a preguiça de levantar é boa, brisa que me leva só, sem ninguém atrapalhar.
Só sorrisos, não contidos.
Brisa boa no ouvido.

Marcelo C.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Exílio


Meus dias de sofrimento passaram, juntamente com teu rosto.
Trancafiar-me em um mundo meu me fez ver o mundo com outros olhos,
Coisa de novos horizontes.
Exílio.
Não volte mais, já não tem alguém triste te esperando na casa, já não a sequer alguém, quanto mais relógios e tintas no balde velho.
Preciso de um corte de cabelo novo, um creme de barbear e uma jaqueta.
Não preciso de você, não preciso nem sequer lembrar que dias existem, meses, anos, provas e compras do mês.
Mudei meu endereço, meu coração hoje mora em outro lar.
Lar com vista boa de olhar.

Marcelo C.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia frio



Frio bom,
Cama confortavelmente boa,
Travesseiro gelado.
A saudade do amor,
Distância atrapalha,
E a vontade de tá junto não para.
Chocolate, talvez quente,
Corpo quente com você por aqui.
Frio bom.

Marcelo C.

segunda-feira, 21 de maio de 2012


Tá tudo bem que esse amor só me faz bem, dona do meu.
Moça que rega meu jardim e enfeita com flores vermelhas, do tipo rosa,
Eu te espero até a saudade bater, não me deixa.
O encanto nunca acaba, a paixão não esfria, o amor eternizado,
Chega cá, com cuidado, com charminho, moça linda de lacinho na cabeça,
Amor de verão é bom, com rima ou sem rima,
Se não eterno pelo tempo, eterno pela escrita.

Marcelo C.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Passeando


Voltei pro mar,
De onde era meu lugar,
Do mar hostil,
Pra acalmar.
Correnteza buscará,
Amor dará,
Pro mundo sem amor,
Chorará.
Voltei pro mar.

Marcelo C.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Filosofando amor


Se você quer alguém pra ligar após o pesadelo,
Se você quer alguém pra ligar e perguntar como foi o dia,
Se você quer o bem de alguém,
Você terá o bem do mundo.
Fazer alguém sorrir,
Fazer alguém feliz,
Fazer, fazer.
E nunca desfazer.
Nem nos dias que você não quer nem tirar o pijama do corpo,
Faça alguém sorrir, cuide do bem,
Não desperdice quem você tem.

Marcelo C.

quarta-feira, 16 de maio de 2012


 Na noite passada meu bem ficou tão deprimida porque fui embora e me falou: “oh meu amor eu me sinto tão só quando passas por aquela porta e vais embora.”
E eu? Então sai pela porta, peguei meu casaco de couro preto e fui embora pelas ruas da estação central.
Meu amor tenho só 30 minutos na cidade até cruzar o oceano e encontrar outras pessoas.

Na noite passada eu fiquei tão deprimido quando fui embora e meu bem me falou: “oh meu amor não se sinta mal por ir embora, pegar seu casaco de couro preto e ir pelas ruas da estação central, sei que só tem 30 minutos na cidade até cruzar o oceano e não ser visto pelas outras pessoas.”
As pessoas não entendem, nem as paredes pintadas de verdes entendem, e terminou a frase me dizendo: “oh meu bem eu não ligo mais.”

Isso tudo na noite passada.

Marcelo C.

segunda-feira, 14 de maio de 2012


Sambo e como sambo.
Sambo bambo, mas sambo para alguém.
Samba menina moça, formosa e graciosa.
Com jeitinho que encanta.
E o rapaz que se achava o bamba,
Na roda de samba,
O coração sambou...

Marcelo C.

domingo, 13 de maio de 2012

Casais infinitos
Dores finalmente findas
Minha menina, minha moça bonita
Minha alegria garantida
Amor de vida.

Marcelo C.

terça-feira, 8 de maio de 2012

A moça


E assim, como naqueles jogos de azar perdi o amor que me foi apostado e que decidi renunciar. Perdi-o assim como num sopro forte e devastador do vento, que levou os encantos deixando os lamentos.
O amor se foi num trago, rápido, deixando somente a fumaça espalhada pelo ar e as cinzas em meio ao chão.
E acabou num piscar de olhos, num piscar de cílios, num minuto de tantos segundos, o amor que fora tantas vezes jurados.  Deixei-te.
Deixei o vento te levar a onde quisesse ir, mas de que adiantaria se o mar te trouxesse de volta?
E trouxe, mas outra vez o perdi.
Pois sou um tipo de aposta errada, um tipo de barquinho de papel que foi feito para navegar, mas assim que entra em contato a água se desfaz. Desfiz-me e agora continuarei a flutuar.

O apostador


Quis falar tanta coisa, e acabei não dizendo nada.
Apenas olhando pro seu rosto e vendo uma história toda passar na frente dos meus olhos, como num filme.
Quando te vi indo embora, vi o que realmente tinha acontecido.
Não que eu não quisesse tentar outra vez, algumas horas antes era o que eu mais queria.
Mais naquela hora eu não iria questionar nada.
Porque já tinha visto aquela cena passar na minha vida.
E não iria fazer o mesmo da primeira vez, na qual eu fui digamos que um pouco precipitado.
Corri atrás de ti como um louco e não deu em nada.
Com o passar do tempo, eu pude perceber que nem tudo na vida é tão ruim. Aprendemos mais com as perdas, do que quando ganhamos algo.
E naquela hora da despedida com um beijo suave tive que entender que mais uma vez estaria te deixando ir de novo, apesar de nunca ter tido você de volta.
No caminho de volta pra casa, no qual já tinha muitas vezes percorrido, pela primeira vez não fiquei triste ao te deixar.
Acho que eu agora realmente consegui entender o que a vida queria me propor.
Acho que eu precisava disso novamente.
Foi como um momento de voltar à realidade e ver que a vida é muito mais que isso.
Aprender com a perda, foi muito melhor pra mim.
Como disse pra ti, não me sinto nem feliz nem triste.
Agora eu apenas me sinto!
Como todo apostador tem seus dias de sorte e os de azar, e todo apostador sabe quando é a hora de parar de jogar. E pelo menos agora eu parei com isso, não vou mais brincar com a vida como se fosse um jogo, vou apenas deixa-la me carregar por onde achar melhor. Isso, esperar que bons ventos tragam-me um novo jogo ou um novo amor quem sabe, não vou dizer que fecho meu coração pra ti, não nunca poderia dizer isso pra quem já me fez tão feliz, quem sabe um dia talvez a roda da vida coloque nossos destinos frente a frente de novo.
Mas como nada pode se prever nessa vida vou leva-la sempre dá melhor maneira.
E apostando mais uma vez na minha felicidade eu deixo a vida me guiar.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Acarinhar


Copo de leite
Flor de lis
Mão alva, boa de acarinhar.
Coração macio, pulsante.
Amante!
Vem me cuidar?

Marcelo C.