E assim, como naqueles jogos de azar perdi o amor que me
foi apostado e que decidi renunciar. Perdi-o assim como num sopro forte e
devastador do vento, que levou os encantos deixando os lamentos.
O amor se foi num trago, rápido, deixando somente a
fumaça espalhada pelo ar e as cinzas em meio ao chão.
E acabou num piscar de olhos, num piscar de cílios, num
minuto de tantos segundos, o amor que fora tantas vezes jurados. Deixei-te.
Deixei o vento te levar a onde quisesse ir, mas de que
adiantaria se o mar te trouxesse de volta?
E trouxe, mas outra vez o perdi.
Pois sou um tipo de aposta errada, um tipo de barquinho
de papel que foi feito para navegar, mas assim que entra em contato a água se
desfaz. Desfiz-me e agora continuarei a flutuar.
O mais nobre dos sentimentos..que desperta no mais simples ao mais sagaz a vontade de expressar de alguma forma ao mundo os mistérios do amor...Obrigado pela leitura =D
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