quinta-feira, 26 de julho de 2012

A foto mais bonita que eu fiz...


Mas você não olhou pra mim.
Papel machê gasto em árvores secas, o xerife da cidade disse para eu ir ao doutor, disse que só falo asneira.
Do alto do meu prédio eu vi você de longe, e some, some...
Pura crendice não há de ser. Doutor passa chá verde pra acalmar, descansar.
Eu ando mesmo a te chamar!
Do alto do meu sétimo andar a música favorita a tocar e eu a fotografar paisagens, pessoas.
Chamam-me de lunático sem saber decifrar.
Eu não nego, lunático sou, mas, também sou engraçado, afeiçoado, de bom grado, só não de papo.
Parece que foi ontem que te vi, e se na esquina se repetir de te encontrar? Não fugirás? Descansarás?

Marcelo C.

quinta-feira, 19 de julho de 2012


Quando você passa a não amar as coisas, as pessoas, a não ser sentimental, passar a ser funcional. Meio banal.
Nada deixa de fazer sentido e nem você se torna cruel e desumano.
Esse papo de “nada me encanta” não existe, essa exibição do “não sentimento” é mera forma de sentir. Tudo importa, tudo machuca e ninguém entende.
Quando você passa a não amar o mundo você passa a inteligência para trás e o que separa a humanização da desumanização se apaga, porque a linha tênue entre elas é imperceptível.
O que é ter sentimentos e o que é não ter sentimentos?
O que é desumano e que é humano?

Marcelo C.