quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Um cigarro e outros

Quando ando sem esperar, esperado mostra na minha cara que ta vivo, e me bate o coração com prego na ponta.
Em duas andadas me vou, tremor dos pés a alma, cigarro abusando do momento, traga-me em sete segundos. Outro.
A inesperada rejeição do corpo grita em meu suor, e volta o querer bem, volta a amargar solidão. Volta.
O casualmente forçado ignorar do acelerado orgão involuntário, pulsando firme a falta de sua metade, na qual estragada está. Eu vi a despedida.
Fui embora em meia carteira de cigarro, na outra morrir.
E como bom morto vou apagar a imagem de vivo que tenho de mim, vou apagar meu rastro, mas nunca deixarei de ser fumaça!

Marcelo C.

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