terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Encontro na calçada empoeirada


Andando pelo centro da cidade esses dias encontrei uma grande amiga, fazia tempos que não recebia noticias suas.
Perguntei-lhe como estava, sabe aquele “como estais?” verdadeiro mesmo? Do fundo da alma? Quando se trata de um amigo você percebe logo a necessidade dele em conversar e principalmente em ouvi exatamente esse “como estais?”

- Ainda penso nele...
- Estamos no mesmo barco ainda pelo que vejo não é? Tudo incompleto..
Uma gargalhada forçada seguida de uma negação.
- Eu não quero isso pra mim novamente.
- E quem tem o que querer aqui nessa vida? (confesso que lhe falei isso desejando que tivéssemos querer.)
- Porque isso voltou? Eu tava tão bem, tão feliz... Ai do nada me vem esse vazio sabe.
- Isso se trata de relacionamento inacabado.
- Mas já disse, eu não quero esse “relacionamento”, já não anda mais! Quero coisas novas, pessoas novas.
- Outra vez te falo: quem tem querer aqui nessa vida?
- Ninguém.
- Isso que todo mundo sente e não entende simplesmente volta do nada e pronto, “BUM!”
- Esse “BUM” é que acaba com a  gente...
- Esse “BUM” é a gente se acabando.

Despedimos-nos e continuei andando e pensando “quantas vezes somos capazes de aguentar esse “BUM”?”

Marcelo C.

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