domingo, 15 de maio de 2011

Vida


Que saudade daquela vida que me esperava todo os dias pela manhã, aquela vida sorridente, a vida que de tanto me olhar me deixa vermelho. Vida complexada com caras e bocas, complexada com cheiros, ai minha vida, não aquela vida literalmente falando, por que essa eu ainda tenho em minhas mãos. Eu to falando mesmo é da vida! No sentido figurado mesmo, é...
A vida das manhãs, das festas, conversas e logo em seguida dos telefonemas, eu posso não ter mais aquela vida toda manhã cedinho me abraçando, posso não ter mais a vida dos telefonemas no fim da noite, posso não ter mais a vida que se importe comigo, posso não ter mais a vida, a vida...
Mas quem disse que a vida acabou?
Chega a soar com um tom engraçado isso. Nem todo mundo teve a vida que eu tive, alguns podem ter tido de uns tempos pra cá, não a mesma, isso com certeza não. Eu tive exclusivamente aquela vida no momento certo, no momento que era pra ser e foi...
Foi, tão certo como quem vai, tão certo como a vida real vai... e não volta.
Mas essa minha vida é imprevisível, não tem hora pra sair, nem pra chegar.
Vem de surpresa, vivida como ela.
Vida corrida, afastada de mim, um pouco talvez.
Mas é a vida que eu nunca me afastei, nem nos piores momentos, e eu digo mais: ninguém terá essa vida como eu tive!
Não é presunção minha não, ela foi minha, eu fui dela e ela é minha.

Marcelo C. 

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