Preciso parar de viver utopicamente.
De sentir. Correr. Ser.
Coletivismo utópico, promessas
inacabadas, planos furados, sentimentos em greve.
Não precisa me olhar.
Não precisa me olhar de lado
como quem não quer nada.
Explicações, cuidados
forjados.
Amanhã faço isso e aquilo,
pego meu livro e vivo. E morro.
Preciso parar de viver
perigosamente calmo.
Preciso sentir as pessoas, o
pouco do bom que elas têm pra oferecer, que elas são obrigadas a me oferecer.
Mas eu não quero.
Enforno-me no quarto é mais cabível,
não só à mim.
Não é egoísmo, nem ser
antissocial, nem ser antipático. É minha vida.
Nem triste, nem feliz, ótima
vida.
Preciso da minha eudaimonia.
Marcelo C.
adoreeei, lindo o seu portugues! Estou te seguindo aqui
ResponderExcluirbjooo da escritora e poeta mineira :D
http://katiamaise.blogspot.com