segunda-feira, 30 de abril de 2012

O apostador e a moça

Amor que começa por aposta só pode dar nisso, só pode desalinhar e passar por cima do apostador.
Amor de primeiro, primeiro amor.
Triste apostador que acha que pode por a moça apostada na linha, moça que quando menina andava em linha reta.
A moça cresceu e não anda nos trilhos, segue suas vontades e vai de andança mesmo que incertas, ela vai...
E não sabe aonde quer chegar, ela é duvidosa, oh pobre moça que sente a dor de ser apostada como dinheiro num jogo de carteado.
Pobre do apostador que passa seus dias a lamentar os erros cometidos, mesmo sem perceber que é só mexer uma peça desse jogo pra talvez a historia começar a mudar, ah, mas se tem um “talvez” então não mude, não seja pra mudar.
A moça continua a andança incerta.
O apostador no fim de tudo perdeu aposta e hoje deve não só pra quem apostou como pra moça que esperava bem mais dele, pra plateia que queria aplaudir de pé, mas se conteve em sair calada da aparição rápida do apostador e da moça.
E eles dizem: “oh nobre apostador, oh pobre apostador!”

Marcelo C.

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