quinta-feira, 7 de março de 2013

Falando sobre pontes e andando em suicídio


Andei essa cidade inteira, cansado, maruado da maresia da vida, procurando o pouco sobrado da tua migalha. 
A falta de respostas talvez me entorpeça Dolores. 
Dores frias ou dormências formigantes.
A dor da tua cólica que sai rasgando teu ventre e acaba com teus pais e filhos, trejeitos do sujeito simples.
A falta de respiração enquanto atravesso a ponte com um cigarro e um punhado de asma.
Cambaleando em vida troquei umas palavras com um amigo, enquanto a asma atacava falávamos sobre suicídio e enquanto sufocava-me em filosofias tentava lhe explicar a irracionalidade de tirar a liberdade da vida.
Um tropeço em movimento quase que tiro a minha liberdade, não me dê sua caridade!
Agora chego ao fim da ponte, do (en)canto, da conversa, mas, nunca do pensamento.

Marcelo C.

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